segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cacique Aimoré e Cacique Tupinambá

Após a chegada dos portugueses ao Brasil, outras etnias quiseram disputar espaço, como os franceses e os espanhóis. E isso gerou muitas revoltas no litoral de toda a extensão do território brasileiro.
Houveram muitas guerras, como a de Paraguaçu, no Recôncavo Baiano; o extermínio dos Potiguaras, no Rio Grande do Norte; entre outras que nem são relatadas pela história, pois foram esquecidas. Mas, aqui quero falar da bravura de dois Caciques: Tupinambá e Aimoré.
Uma das guerras mais importantes, disputadas pela aliança entre índios e brancos, para preservar seu território dos invasores foi a Confederação dos Tamoios. Para os índios, pior do que perder suas terras para um estranho, era perdê-la para muitos estranhos! Por isso, mesmo vendo o tamanho do inimigo que se aproximava à beira-mar, entre 1563 e 1567, os índios Tupinambá (do Rio de Janeiro), os Carijós (do Planalto Paulista), os Aimoré (da Serra do Mar) e os Goitacá (também da Serra do Mar), fizeram a Aliança com o homem branco e criaram a Confederação dos Tamoios. Mas, nos dois lados da disputa haviam índios e brancos e, nos dois lados, a história não era verdadeiramente narrada aos de "pele vermelha" (pele que o sol queimou).
Os Tamoios venceram muitas batalhas e eles nem sabiam porque lutavam, pois o homem branco apenas fez uso de sua força. O índio foi enganado e usado por "Brancos Reformadores" (os Conquistadores) e por "Brancos Pacificadores" (os Jesuítas). De qualquer forma, o índio perdeu, pois milhares de vidas foram dizimadas; dezenas de tribos desapareceram e muitos índios fugiram e se embrenharam nas matas densas.
Essa foi a história da Reforma e da Contra-Reforma. Era o destino da Colonização, da Coroa contra a Igreja, de uma nação contra outra e da qual o índio participou sem saber porque lutava. As Tropas Indígenas dos Tamoios foram vencidos pelos Jesuítas e aqueles que não fugiram, tornaram-se servos do homem branco. E aqui iniciou-se uma nova história para o Brasil...
O Cacique Tupinambá e o Cacique Aimoré eram amigos, suas Tribos eram vizinhas e dividiam os mesmos costumes, as mesmas tarefas e a mesma língua. Os habitantes das duas tribos eram amigos e podiam se auxiliar. Durante séculos puderam viver em paz e tranquilidade. As guerras eram somente com os índios Guaikurus, quando esses tentavam invadir seu território. Os índios das diversas etnias, que habitavam as Américas, eram altos, fortes, destemidos e nobres. Sabiam progredir sem ameaçar a natureza, viviam em aldeias bem organizadas. Mas, a interferência do branco e a mistura das raças fez o índio perder sua origem e seu verdadeiro código de valor.
Quando a Guerra que dizimou as tribos Tupinambá e Aimoré aconteceu, os Caciques deram suas vidas para evitar a extinção total de suas raças. Ao final da batalha perceberam que haviam sido enganados pelo homem branco e ajudaram alguns índios a fugir para preservar a raça e a verdade de sua história. Aqueles que se salvaram foram o mais longe que puderam e até hoje não se sabe mais onde os encontrar...
Cacique Aimoré e Cacique Tupinambá choraram a perda dos seus, pelo massacre que aconteceu. Não importava o lado da batalha: todos perderam. Eles partiram para a morada de M'boi para aguardar o chamamento de Tupã.
Quando lhes falaram de uma Terra semelhante a deles onde poderiam trabalhar suas origens eles aceitaram a tarefa. Foi assim que se dirigiram a Jurema e ajudaram a Aruanda no trabalho de propagação da nova religião de amor e união de todas as raças: a Umbanda!
Eles aceitaram comandar as Falanges que receberiam seus nomes e trabalhar com os índios desencarnados nas batalhas à beira-mar. E aqui teve início uma nova história de refazimento do solo brasileiro pelos nativos de pele vermelha.
Agora, eles poderiam trabalhar com seus irmãos brasileiros, sem o preconceito pela cor de sua pele e pelas suas origens. Eles acreditam que hoje em dia, eles são aceitos como são: apenas índios! E essa é a AUMBANDHÃ!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A missão de um Boiadeiro na Umbanda...

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Nos trabalhos de Umbanda os Guias Espirituais costumam chamar seus médiuns de "cavalos", justamente para explicar que o espírito não "entra" no corpo da pessoa mas, apenas encosta nela. Ou como dizem os Boiadeiros: "monta nela"...
O espírito comanda os movimentos dessa pessoa como se estivesse atrelado a ela e, por isso, o médium atua como um cavalo. Já o Exu chama o trabalhador de "burro", brincando com o fato de o médium ser teimoso como um!
A função da Falange dos Boiadeiros num Grupo Espiritual é a de organizar os Eguns (almas penadas) e de limpar a aura dos participantes durante o passe. Eles também são muito bons em trabalhar com animais desencarnados, encaminhando-os para as Colônias Espirituais de refazimento. Como o Boiadeiro é um espírito compenetrado, que trabalha na chuva ou no sol, para cumprir sua meta... Ao morrer é recrutado para prosseguir trabalhando, pois, sua lealdade e dedicação são reconhecidas pelos Chefes de Falange.
Os Boiadeiros normalmente servem às Linhas de Ogun e de Oxóssi ou de Ogun Rompe Mato (São Jorge, São Sebastião e Santo Expedito, respectivamente). Justamente pela semelhança com os Centuriões Romanos que foram santificados e que montavam seus cavalos para irem às batalhas.
O Boiadeiro gosta de fumegar seu cigarro de palha ou seu charuto e de beber sua bebida, com os quais faz a limpeza no ambiente e nos médiuns da casa; mas, sem se embebedar ou prejudicar o médium que o incorpora. A saudação aos Boiadeiros é: "Xetro Marrumbaxetro, Xetro ah!" ou "Minaketo Navizala!"
Quem tem um Boiadeiro nunca fica desamparado no dia a dia, porque este atua continuamente na proteção de seu assistido e de sua casa. Os Boiadeiros podem ter sido em vida: vaqueiros, condutores de gado, peões ou capatazes, auxiliares de rodeio, entre outros. Eles entendem perfeitamente sobre a lida no campo, nas fazendas ou nos currais. Por isso, auxiliam com habilidade aqueles que trabalham junto à natureza.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Nossa Senhora de Lourdes

Hoje comemoramos o Dia de Nossa Senhora de Lourdes, Protetora dos Enfermos. Na Umbanda Sagrada ela sincretiza com Oxum e representa uma de suas atribuições (Qualidades) no Candomblé.
Nossa Senhora de Lourdes apareceu a uma Pastorinha chamada Bernadete, numa região próxima à cidade de Lourdes na França. As suas aparições ocorreram em uma Gruta, com muitas nascentes d'água e fontes naturais. Além disso, próximo ao local de sua aparição existe um Rio, que atravessa toda a região.
Assim como Oxum, Nossa Senhora de Lourdes está cercada de muita Água Doce e Natural. Oxum, na Linha das Águas, está interligada à Magia das Águas, das Fontes, das Nascentes e dos Rios. Ela representa a Cura, a Natureza e a Vida.
Essa manifestação vibratória da Linha das Águas se transforma em Magia de Purificação e Limpeza. Nossa Senhora de Lourdes é a Senhora dos Enfermos e Oxum é aquela que Cura as doenças do Corpo e do Espírito.

ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DE LOURDES
"Óh Virgem Puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que Vos dignastes aparecer a Bernadete no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e no recolhimento que Deus nos fala e nós falamos com Ele.
Ajuda-nos a encontrar paz e sossego para a Alma. Ajuda-nos a nos conservar sempre unidos a Deus.
Nossa Senhora da Gruta de Lourdes, concedei-me a graça que vos peço e tanto preciso (pedir a graça). Rezar três Pai Nossos, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai.
Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós que recorremos a Vós... Amém!"

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Caboclo Sete Conchas

Esse Caboclo manifestou-se algumas vezes nessa Seara. Disse que é um Protetor, que trabalha na Linha das Águas de Mamãe Iemanjá.
Seu trabalho é coordenar as limpezas e purificações energéticas nos filhos da Corrente Mediúnica da Casa e em toda a assistência.
Em sua última encarnação, ele era um índio Aruak, da Tribo Aruã. Ele viveu na Ilha de Marajó, no primeiro século do Brasil Colônia, entre os anos de 1500 a 1600.
Sua tribo representa o fim de uma Civilização de nobres artesãos (a quarta fase). A tribo já estava entrando em extinção, quando os Portugueses chegaram na Ilha.
Eles viviam principalmente da pesca. Também faziam artesanatos, cultivavam tubérculos e criavam alguns animais.
Evitavam ir ao Continente, pois ouviram falar de uma tribo cruel vinda da Venezuela (os Karib), que se apossavam das mulheres e dos pertences de outras tribos.
Os Aruak sempre foram pacíficos. Evitavam a discórdia e resolviam tudo com diálogo. Por isso, eram facilmente atacados.
Sua proteção estava, justamente, em ficar o mais longe possível da "Terra Grande". A ilha, para eles, era seu refúgio principal.
Nessa vida, disse ele, aprendeu o amor ao próximo, o respeito à Natureza e a conviver pacificamente. E é isso o que ele transmite aos médiuns enquanto atua nos trabalhos...

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cabocla Janaína: a Sereia do Mar...


A Linha das Águas compreende tanto as Caboclas de Iemanjá, como as Caboclas de Oxum. As Caboclas dessa Linha são formosas, simpáticas e de extrema paciência. Assumem diversos nomes, como: Janaína, Iara, Inaê, Jandiara, Jandira, Jandaia, Indaiá, entre outros. Também temos Caboclos atuando nessa Linha... Mas, hoje, contarei apenas a história da Cabocla Janaína.
Janaína significa "Rainha do Lar". Ela nasceu na Tribo dos Goitacás, no litoral sul do estado do Espírito Santo. Eles eram índios pacíficos e felizes porque evitavam a guerra. Seu pai era um grande guerreiro e sua mãe uma grande tecelã. Viviam da caça e da pesca. Sua pele era queimada do sol da praia, onde gostava de passar horas apreciando o mar. Sabia nadar como um peixe e compreendia a linguagem da Natureza.
Quando a expedição Cabralina passou por suas praias, ela foi uma das primeiras a avistar o navio e o homem branco. Apaixonou-se pelo que viu: eles pareciam deuses para ela... Janaína possuía olhos amendoados, longos cabelos negros e pele morena do sol. Seu corpo possuía boa forma e beleza. Por ser assim, chamou a atenção do homem branco, quando ele desembarcou próximo a sua aldeia. Ela correu avisar os chefes da Tribo e chamar os demais.
Acompanhou de longe todos os contatos, mas não entendia o que eles falavam. Pelos sinais percebeu que tentavam se aproximar e fazer amizade. Deram presentes, que para ela eram desconhecidos: garfos, colheres, espelhos, colares... Mas, que pareciam tesouros! O que mais lhe chamou a atenção foi o espelho! Já havia se mirado nas águas de um lago, mas olhar-se num espelho, era mágico!
Os portugueses lhe deram um vestido e um adorno de cabelo e lhe mostraram como usar tudo aquilo. Ela se vestiu e se enfeitou e percebeu os olhares sobre ela. Nunca mais foi a mesma. Sentiu-se encantada com esse novo mundo. Sabia que existia muito mais do que ela conhecia. Foram vários meses de visita. Ela não tinha medo do homem branco e até apaixonou-se por um deles; ele era um dos imediatos do navio. Mas, ela já estava prometida em casamento.
Após dois anos de visitas contínuas, ela entregou-se ao rapaz, em meio à natureza. Dois meses depois estava grávida e o navio já estava de partida. Sua tribo era severa com traições. Seria mantida presa na oca até o nascimento da criança, a qual seria dada aos animais. Depois a prenderiam em um mastro no meio da tribo, com privações diversas sob o sol e a lua, até que contasse quem era o pai da criança. Em seguida, seria expulsa ou morta com uma flechada no peito.
Por conta disso, desesperou-se ao perceber que ficaria sozinha. Não tinha planejado nada daquilo, apenas aconteceu... Então, ao ver o navio partindo, atirou-se às águas e nadou o mais que pôde para alcançá-lo. Queria pedir ao pai da criança que a levasse junto. Mas, suas forças enfraqueceram e afogou-se nas águas profundas... A Mãe d'Água compadecida, devolveu seu corpo à praia e quando a encontraram não entenderam o que aconteceu. A Tribo dizia que ela morreu por amor ao homem branco.
Depois que desencarnou seu espírito foi recolhido e ela soube o restante da história. O rapaz retornou a Portugal e nunca mais visitou o Brasil. E somente trinta anos depois, os brancos voltaram a pisar em sua terra nativa. Os capixabas foram colonizados e os índios catequizados pelo Padre José de Anchieta.
Ela foi convidada a trabalhar para auxiliar os índios que morreriam nos próximos anos, devido à ocupação pelo homem branco.
Foi, então, fundada a "Colônia de Jurema", que começou a abrigar todos os nativos que morriam para preservar seu solo. Os séculos se passaram e muita coisa aconteceu ao Brasil. Sua terra não era mais a mesma. Surgiu a Colônia de Aruanda e um novo trabalho se instalou e ela se tornou mais uma trabalhadora da Seara Umbandista no Solo Brasileiro.

"O mar serenou quando ela pisou na areia...
Quem samba na beira do mar é Sereia!"

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Vovó Maria Conga e Pai José de Angola...

"Vó Maria, cadê Pai José? Está na roça colhendo café...
Diga a ele que quando vier, suba a escada e não bata com o pé."

Essa negra nasceu em 1728 na África, na região do Congo. Foi trazida ao Brasil ainda menina, retirada cedo de sua tribo. Não sabia nada da vida e do mundo lá fora. Foi vendida no Mercado de Negros do Rio de Janeiro para uma Fazenda de Café em Minas Gerais, quase divisa com o estado de São Paulo. Nunca mais viu ou ouviu falar de sua família. Foi separada deles na hora da captura.
Obrigou-se a aprender a língua dos brancos e a esquecer os costumes de sua terra... Era calada e arredia. Foi adotada pelo amor de uma negra da senzala que também perdeu seus filhos para o homem branco e teve amor e piedade pela negrinha. Ela deu-lhe o nome de Maria, pois sabia da história da mãe de Jesus e como ela sofreu por ter sido separada do filho. Ninguém nunca soube seu nome na África - Maria nunca contou.
Dez anos após sua chegada ao Brasil já entendia mais da vida dos negros escravos da senzala e da vida dos brancos nas fazendas. Compreendeu o que era a escravidão. Tornou-se uma moça bonita e prendada. Recebia olhares dos capatazes e dos homens brancos. Estava com 17 anos. Decidiu que não queria essa vida e pensou em uma maneira de escapar... Conheceu José, moço forte e destemido e tramaram a fuga. Em uma noite encontraram-se com outros negros e fugiram, mas foram capturados, castigados, separados e vendidos. Maria foi para outra fazenda, no estado de Sergipe. E José foi levado ao Rio Grande do Sul. Pensaram que nunca mais se encontrariam e juraram que um dia tentariam ficar juntos de novo.
Passaram-se vinte anos e Maria era agora casada com um dos capatazes da fazenda. Tinha 4 filhos: 3 homens e 1 menina. Nessa fazenda, pelo menos, os escravos eram tratados com menos dureza. Maria apaziguou seu coração e seguiu trabalhando com amor e dedicação. Tornou-se a cozinheira da fazenda e ganhou a confiança dos donos. Lembrava-se de José, mas não o viu mais e não sabia de seu paradeiro.
No sul, José foi trabalhar em uma fazenda de gado leiteiro... Era uma região diferente. Havia o frio e os costumes eram outros. Tentou se acostumar, mas não conseguiu. Sempre pensou em fugir. Lembrava de Maria. Após 10 anos de duros trabalhos, José enfim conseguiu escapar e iniciou sua jornada em busca de sua amada. Passou de fazenda em fazenda e foi seguindo em direção ao nordeste brasileiro... Quando estava quase desistindo de sua busca ouviu falar de uma negra bonita que cozinhava para uma fazenda nos arredores de Pernambuco.
Quando, enfim, encontrou a fazenda onde Maria estava, viu-a casada e com filhos. Entristeceu-se. Nem se dera conta que haviam se passados vinte anos! Foi viver como homem de escolta e jagunço na cidade de Maceió, em Alagoas. Teve muitas mulheres, mas com nenhuma se casou. Era um negro bonito, porém solitário. Com o dinheiro que ganhou, comprou um pedaço de terra com dois amigos mestiços. Eles plantavam e criavam alguns animais. Cada qual em seu pedaço de terra construiu uma casa. Os outros eram casados, mas José vivia sozinho.
Um dia, a fazenda onde Maria trabalhava foi vendida e todos os negros foram alforriados. Ela estava viúva e seus filhos haviam conseguido emprego em Maceió. A cidade estava crescendo e aceitava negros para trabalhar. Ela foi morar com um dos filhos.
Quis o destino que José e Maria se reencontrassem em uma feira de produtos na cidade. Os dois a princípio se esbarraram e não se reconheceram, mas em seguida se olharam e sentiram que o destino os havia reunido novamente.
Maria e José se casaram e ela foi viver com ele em seu sítio. Viveram ainda 50 anos juntos. Durante a noite conversavam na varanda da casa. Descobriram que suas tribos eram vizinhas na África e que o dialeto que falavam era similar. Perceberam que estiveram próximos muitas vezes...
Enquanto viveram juntos preocuparam-se em ajudar as crianças sofridas e perdidas pela escravidão. Também acolhiam em suas terras negros feridos e mal alimentados. Davam abrigo e os ajudavam a se recuperar. Por esses atos de amor eram muitas vezes ameaçados pelos fazendeiros da redondeza, mas como tinham a carta de alforria e a proteção de alguns brancos, não sofriam maiores danos.
Assim, eles cumpriram uma missão de vida no Brasil que deu sentido ao fato de terem sido retirados de sua terra africana. Hoje, esses dois falangeiros abnegados são gentis e amorosos com as crianças e com todos que os procuram. Possuem sua história de vida como exemplo para relatar...