quarta-feira, 28 de março de 2012

João Caveira - José Caveira - João Catacumba - José Catacumba

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Os Cavaleiros do Campo Santo!

No Cemitério existem muitos Exus e muitas Pombagiras trabalhando, pois é um local de grande concentração de fluidos vitais.
Nesse local, existem quatro Exus que atuam incansavelmente, guardando os portões do Cemitério, protegendo o Cruzeiro, vistoriando os túmulos e auxiliando os Trabalhadores Espirituais.
Os Cavaleiros Sagrados ou Cavaleiros do Campo Santo também impedem ataques dos vampiros espirituais - seres que se alimentam dos restos e da energia vital dos desencarnados.
Muitas pessoas, ao morrerem, não são desligadas de seu corpo carnal pelos Socorristas Espirituais, pois tiveram uma vida cheia de tropeços. Essas pessoas chegam aos Cemitérios presos à matéria de seu corpo. Ao serem desligados dos despojos carnais, esses espíritos liberam o restante da energia vital que lhes resta, atraindo, assim, seres que se alimentam dessa energia.
Os Espíritos das pessoas de bem, são imediatamente desligados após a morte e conduzidos ao Plano Espiritual pelos Socorristas. Espíritos de pessoas com débitos pendentes permanecem presos à matéria. Espíritos de pessoas malignas, que causaram grande mal à Humanidade, são imediatamente carregados por aqueles que lhes cobram as dívidas.
Pessoas que não entendem ou não aceitam a morte também ficam presas à matéria carnal. Nesse momento, a ação dos Exus e das Pombagiras se faz necessária, pois muitos desencarnados se tornam "banquete" desses seres enlouquecidos.
Portanto, o Campo Santo é um local de muita reserva energética para os seres trevosos, devendo ser protegido para evitar o mau uso dessa energia.
Os Senhores João Caveira e José Caveira guardam os portões da Cidade dos Mortos e conferem a entrada e a saída de todos os seus visitantes carnais ou espirituais. Também são eles que fazem uma varredura constante no Cemitério para mantê-lo em perfeita ordem e funcionamento. 
Os Senhores João Catacumba e José Catacumba são responsáveis por recolher os despojos espirituais daqueles que ficaram presos à matéria e encaminhá-los devidamente ao local onde deverão ser atendidos. Também são eles que atuam junto aos espíritos em débito com a lei: ladrões, assassinos, suicidas, violentadores, etc.
Ao entrar no Cemitério devemos saudar esses Exus e ao sair devemos agradecer, para que nossa visita seja tranquila e nossa partida também...


*Catacumba é a escrita correta segundo a ortografia.

terça-feira, 27 de março de 2012

Exu Morcego

O Guardião Absoluto das Trevas Absolutas!


Ele é aquele que anda na escuridão, porque vive no breu absoluto dos Reinos Infernais. Por ele passam todos os espíritos que descerão para o Inferno, antes da queda total...
À todos aqueles que caem, ele oferece seus chifres... Enquanto olha nos olhos dos caídos, ele decide seus destinos. Se houver um pequeno lampejo de arrependimento, então, eles permanecem no mesmo nível. Porém, se ele perceber em seus olhares qualquer sinal de desdém, ele mesmo os entregará ao seu destino final.
O nível que fica um pouco acima do Inferno pertence a ele: Senhor Exu Morcego. Nesse nível permanecem as criaturas que fizeram pactos diversos, que usaram e abusaram da magia negra, que usufruíram da riqueza alheia em benefício próprio, que macularam a humanidade com sua lúgubre ganância.
Todos aqueles que viveram uma vida de infinitos prazeres, enquanto outros eram destruídos, perseguidos e aniquilados, terão o privilégio de viver o pós-vida junto desse guardião, em sua morada especial: as trevas supremas das profundezas eternas. Nesse local, o espírito tem a sensação de estar sempre caindo em um abismo sem fim...
Esse é o seu trabalho, essa é sua missão, que ele assumiu em tempos imemoriais... Quando a Terra ainda iniciava sua jornada de resgate dos espíritos perdidos, ele estava lá, junto de tantos outros que foram selecionados para tarefas tão expurgas quanto a dele. Essa tarefa, que ora parece tão insólita, mas tão necessária para conter os seres infernais, foi ofertada a ele há muitos milênios atrás! E ele aceitou, por amor ao Criador...
Muitos criam inúmeras histórias sobre ele: que parece um vampiro, que comeu morcegos, que viveu na terra, etc... Mas, a verdade é que ele não viveu! Ele nunca teve uma vida carnal, assim como o Exu Lúcifer, ele foi designado para essa tarefa, quando o Mundo iniciou sua habitação.
Mas, ele não se importa que criem histórias sobre ele, nem tampouco se incomoda que o infamem... No final, ele estará lá esperando por aqueles que: mentiram, enganaram, ludibriaram, usurparam. Afinal, ele é o Guardião das Trevas Absolutas!

sábado, 24 de março de 2012

Senhor Exu do Lodo

O Senhor Exu do Lodo cuida dos pântanos, brejos e lugares de difícil acesso no Umbral. Ele trabalha, principalmente, para as Mães d'Água, socorrendo aqueles que caíram no lodo das imundícies da alma, perseguindo a ilusão das vaidades humanas.
Esse Exu foi um grande médico, cientista e pesquisador da cidade de Amsterdã, na Holanda, durante o século XVIII. Fez sucesso em sua área por salvar muitas vidas de pessoas importantes da sociedade. Porém, nunca atendeu ou deu atenção a um pobre sequer. Não atendia sem o pagamento da consulta.
Sua missão naquela vida era construir hospitais, asilos e escolas para os menos favorecidos - o que ele não fez. Ele fundou um grandioso hospital, realizou cirurgias importantes, mas nunca se preocupou com a classe menos favorecida. Viveu para a fama e o sucesso
Sua mãe sempre lhe dizia para usar um pouco de sua fama para ajudar os necessitados. Ele consentia, dizia que o faria, mas nunca moveu um dedo nesse benefício. Ao morrer, caiu no lodo umbralino das amarguras humanas e sentiu a ilusão da vida. Ficou por anos remoendo e tentando compreender sua situação.
Quando foi socorrido por sua mãe, seu espírito estava condoído por ter percebido que desperdiçou uma vida e uma missão. Pediu para renascer e aprender sobre a simplicidade da vida...
Nasceu no Brasil, entre os índios Caetés. Viveu apenas oito anos e morreu em consequência de uma picada de cobra venenosa. Sua mãe novamente o recolheu... No Plano espiritual retomou sua forma adulta, estudou e pediu para cumprir sua missão como médico dos espíritos imundos.
Dessa vez não reencarnaria, mas assumiria a forma de um Guardião do Lodo e recolheria todos aqueles que caíssem nas ilusões da vida. Assim, esse Exu do Lodo, trabalha e cuida do local mais denso do Umbral: o pântano. 
Ele recolhe, limpa e encaminha os espíritos que caem após uma vida perniciosa. Também atua nas reuniões dos Centros Espíritas, Espiritualistas e Umbandistas, limpando a energia do local e a aura de todos os participantes.
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sexta-feira, 23 de março de 2012

Ogun Beira Mar e Ogun Matinata...

Dois Cavaleiros e uma só história!

Esses dois emissários de São Jorge, viveram, lutaram e morreram juntos. Foram criados desde crianças para a luta. Confiaram sua vida a Deus e a serviço da humanidade. Defenderam a Terra Santa e a Santa Madre Igreja. Morreram lado a lado, lutando por justiça e por honra. A história que vou narrar, transcrevo-a exatamente como ouvi do Senhor Ogun Beira Mar:
"Eu nasci no ano de 1268 de Nosso Senhor Jesus Cristo. Meu amigo e companheiro de jornada, Senhor Matinata, nasceu um pouco antes, em 1257, na região que hoje se chama San Vicenzo, na Itália. Seu nome era Guido Franciesco. Meu nascimento ocorreu em território gaulês, hoje ocupado pela França e meu nome era  Olave de Gusttave.
Apesar da diferença de idade, nos dávamos muito bem. Éramos inseparáveis e sempre lutávamos lado a lado, nos campos de batalha. Dedicamos nossa vida a defender a Igreja e cada um foi designado para servir em uma Ordem. Ele foi destacado para servir a Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta e se tornou um Hospitalário. Eu fui destacado para a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão e tornei-me um Templário.
Dedicamos nossa vida a defender a Santa Madre Igreja, as Terras Santas de Jerusalém e os peregrinos cristãos. Fomos treinados desde os 7 anos, fizemos votos de pobreza e castidade; éramos monges guerreiros. Porém, fomos traídos pela própria Igreja, acusados de heresia e de esconder tesouros no Convento da Ordem. Sabíamos que era um golpe militar para extinguir a ordem.
Eu estava no Convento de Jerusalém, quando fomos atacados pelos soldados do rei. Guido estava a serviço dos Hospitalários e passava um tempo no convento. Estávamos em número reduzido, mesmo assim lutamos. Alguns conseguiram fugir para contar sua história, outros morreram ali mesmo. Eu fui decapitado, juntamente com meu amigo Guido. Nossa morte ocorreu no ano de 1303. Poucos anos depois a Ordem dos Templários estava extinta e a dos Hospitalários permaneceu por possuir diferentes interesses.
Eu tornei-me um Cavaleiro de São Jorge, servindo a Virgem Maria e a São Miguel Arcanjo e Guido passou a servir São Jorge, São Thiago e São João Batista. Recebi a insígnia de Cavaleiro de Ogun e meu nome tornou-se Beira Mar. Guido recebeu a mesma insígnia, mas seu nome tornou-se Matinata. Atuamos em campos diferentes do Plano Espiritual, porém, permanecemos no mesmo ideal de servir a Cristo Jesus e a nossa Amada Mãe Maria. Podemos nos deslocar no tempo e no espaço e, assim, atuar em locais distantes e desconhecidos."

quinta-feira, 22 de março de 2012

A APOMETRIA na Umbanda e a UMBANDA na Apometria.

O termo Apometria vem do grego Apo: preposição que significa "além de" e Metria: relativo a "medida" - e seu significado está em "medir além".
A base e explicação da Apometria está no estudo das Leis de Física Quântica e das Leis Espirituais que regem o Universo. Seu êxito depende da atuação de bons médiuns e bons trabalhadores espirituais, operando em conjunto e harmonia com os diversos planos.
A Apometria é uma técnica de desdobramento e cura dos corpos individuais que compõe o ser, através de pulsos eletromagnéticos. Porém, a Apometria vai muito além de um simples estalar de dedos e quem trabalha com essa técnica sabe muito bem disso.
Tudo no Universo é energia e essa energia está em constante movimento e transformação. A Apometria e a Umbanda fazem uso dessas energias durante o processo de cura do atendido. A Umbanda desempenha um papel fundamental na atuação da Apometria, pois as diversas Linhas podem atuar em todos os Planos: recolhendo, transmutando e curando as energias do paciente.
Todo apômetra deve atuar com responsabilidade dentro da Umbanda e todo umbandista deve trabalhar com consciência na Apometria, pois somos interligados pela Lei Maior do Amor Cósmico Divino.
A Apometria surgiu no Brasil, em Porto Alegre, pelo estudo do Dr. José Lacerda de Azevedo. Ele se baseou nas pesquisas de um Psiquiatra porto-riquenho: Dr. Luiz Rodriguez, que desenvolveu uma técnica chamada de hipnometria.
O Dr. Lacerda, juntamente com sua esposa Yolanda (médium clarividente) descobriu que essa técnica melhorava muito os pacientes em tratamento. Então, juntos, no ano de 1965, fundaram a primeira Casa Apométrica do Brasil: a "Casa do Jardim".
A Casa era vinculada ao Hospital Espírita de Porto Alegre até 1987, mas depois tornou-se uma Instituição com sede própria, onde diversos trabalhos apométricos passaram a ser desenvolvidos.
O Dr. Lacerda deixou livros publicados sobre o assunto e sempre defendeu a importância dos trabalhadores espirituais da Umbanda num bom atendimento apométrico.
Um livro muito bom para o início do estudo apométrico é "Apometria para Iniciantes" de Patricia Barz e Geraldo Magela Borbagatto.
No site http://www.casadojardim.com.br/ pode-se pesquisar a história completa da Apometria e seus cursos.

terça-feira, 20 de março de 2012

Rosalinda: a Flor do Sertão!

Rosalinda nasceu no sertão nordestino, no estado de Sergipe, numa Vila entre o estado da Bahia e de Alagoas. Essa região hoje se chama: Canindé de São Francisco.
Desde que nasceu, com as bochechas bem rosadas, sua mãe lhe chamou de Rosa e seu pai de Linda, por isso ela recebeu o nome de Rosalinda.
Ela nasceu no ano de 1889, um pouco antes da Proclamação da República e quando Sergipe, enfim, tornou-se um Estado brasileiro.
Seu pai era um mameluco que trabalhava como vaqueiro nas margens do Rio São Francisco e sua mãe era uma filha de escravos que trabalhava como bordadeira. Eles viviam da pesca, do gado, do artesanato e se alimentavam de plantas nativas da caatinga.
Rosalinda foi uma moça esperta e alegre que sempre auxiliou sua mãe nos trabalhos domésticos. Também gostava de ajudar seu pai na lida com o gado. Amava a vida que levava: tranquila, a beira do Rio São Francisco e cheia de riquezas naturais.
Um dia, alguns cangaceiros cruzaram suas terras e se encantaram com a beleza da moça. Um dos rapazes a convidou para seguir com ele no bando, mas ela recusou...
Rosalinda não queria se apartar de seus pais, nem queria deixar a vida que levava. O Chefe do bando não mexia com moças virgens... Ele respeitava, porque tinha uma filha da mesma idade. Mas, o rapaz não suportou ser rejeitado e começou a ameaçar a moça.
Vendo que seus familiares corriam perigo, pediu aos pais para seguir com o bando, alegando estar apaixonada pelo moço.
O pai de Rosalinda, no começo recusou e falou que isso não era vida para uma moça. A mãe chorava muito... Por fim, aceitaram, desde que ela nunca saísse do acampamento dos cangaceiros e que não se juntasse a eles nas contendas.
Rosinha concordou, despediu-se dos pais e seguiu com o bando. Seguia cheia de tristeza em seu coração. Sonhava se casar por amor... Jamais pensou em ser forçada a se casar, pois seus pais eram muito bons para ela.
Ela correu com o bando por várias localidades e sempre se manteve no acampamento. O rapaz fazia de tudo para agradá-la, porém ela não esquecia a família.
Após de um ano viajando, Rosalinda estava prestes a dar a luz. Na beira de uma estrada nasceu um menino e ela não resistiu ao parto. Morreu de dor, de tristeza e de hemorragia.
O menino cresceu com o pai e se tornou um dos cangaceiros mais respeitados da região, lutando pela justiça dos menos favorecidos. Depois dele vieram outros, como Lampião, que se tornou o Cangaceiro mais famoso da história do Brasil.
Por algum tempo o espírito de Rosalinda vagou, ligado ao menino que nasceu e buscando a sua família...
Mas, depois foi recolhido ao Reino de Aruanda. Ela se tornou mais uma trabalhadora na "Ala" das Baianas. Hoje, trabalha na Linha das Águas, distribuindo amor e alegria a todos a quem atende...

segunda-feira, 19 de março de 2012

A missão dos Baianos na Umbanda...

"Salve o Grande Cruzeiro da Bahia, Meu Pai!
E salve o Nosso Senhor do Bonfim!"

O blog Demonstre é um espaço de atividades educativas jogos... O ...

Povo Baiano agrupa os trabalhadores espirituais que viveram no Nordeste Brasileiro, pois os estados nordestinos pertenciam à Bahia no começo da Colonização do Brasil.
Os Portugueses adentraram o Brasil pelas terras da Bahia, na época denominada de Ilha de Vera Cruz. Pensaram que aqui fosse uma ilha e somente depois viram a imensidão do território!
Na época, entraram no Brasil todos os "excluídos" de Portugal e da Europa, para trabalhar e começar uma vida. Depois vieram os negros, que após os índios, também foram escravizados. E o Brasil cresceu cheio de misturas...
Assim como os Caboclos, os Pretos-velhos e os Ibejis, os Baianos também trabalham e servem à todas as Linhas, dividindo-se em Falanges. As Falanges do Povo Baiano podem atuar em qualquer Linha: de Oxalá, das Águas, de Ogun, de Xangô, de Oxóssi, das Almas ou dos Ibejis.
O Baiano é aquela Entidade que traz alegria para o Terreiro, com a função de descarregar as cargas negativas e pesadas de um trabalho. Costuma-se dizer que todo Baiano é mandingueiro... Pois, o Baiano sabe se desenrolar de qualquer situação!
O Baiano também é uma Entidade que possui ligação direta com Ifá-Orunmilá (sincretizado com a Santíssima Trindade e Dono do Jogo de Búzios). Por isso, muitos médiuns que trabalham com os Baianos sentem afinidade com o búzio, mesmo que desconheçam seus mistérios.
Outra prática dos Baianos é o "Jogo da Capoeira" (chamado assim, porque quando a Capoeira surgiu, não era usada como luta ou defesa, apenas como Jogo de Roda entre os escravos).
No começo da difusão da Umbanda houve um pouco de preconceito com essas Entidades, pelo fato delas representarem o principal elo de ligação com a "Santeria" e o "Vudu" (Voodoo). Essas práticas eram muito confundidas com as demais Nações do Candomblé.
Povo Baiano representa essa miscelânea de conhecimentos e a miscigenação das raças. Por isso, independente da Nação e de cada particularidade, trabalhar com um Baiano é trabalhar com um pedaço da História do Brasil!

sábado, 17 de março de 2012

Pombagira Mirim


Diferentemente das Pombagiras Meninas, cada Pombagira Mirim guarda um mistério...
Enquanto as Pombagiras Meninas contam suas histórias e possuem um nome em particular, as Pombagiras Mirins preferem ocultar sua história atrás da Falange a qual pertencem...
Elas se apresentam, apenas, um nome simbólico, como: Estrelinha, Ciganinha, Quiterinha, Morceguinha, Veludinha, Tatinha, Padilhinha, Borboletinha, Roseirinha, Princesinha, etc.
As Pombagiras Mirins são como os Exus Mirins: quase não aparecem em um trabalho, quase não as vemos e pouco se sabe sobre elas...
Contudo, se elas aparecem durante qualquer atendimento é porque o assunto é sério e o trabalho exige muita habilidade.
Como as Pombagiras Mirins são transmutadoras das energias condensadas do Plano Astral e do Plano Espiritual, elas podem alterar toda e qualquer egrégora do ambiente.
Muitas vezes, elas estarão tristes ou caladas; em outras, se apresentarão silenciosas, apenas espreitando; em outras, ainda, irão falar bastante e até dançar...
E assim, elas irão trabalhar e depois seguirão para a sua morada espiritual. E nós ficaremos sem saber quem elas são...

Artista: Benjamin Lacombe®

sexta-feira, 16 de março de 2012

Exu Mirim


Exu Mirim na crença mitológica, é considerado o arquétipo do "Diabinho" ou "Capetinha". Nas Lendas ele é tido como "filho" de Exu e Pombagira.
Brincalhão e cheio de malícia, quando chega ao Terreiro, perturba a todos... Enquanto chama a atenção e faz manha, ele purifica todo o local.
Nessa Falange estão os espíritos dos meninos que conheceram as maldades do mundo adulto, mas permaneceram crianças em sua essência; assim, eles transmutaram sua aparência para servir no plano espiritual.
Um Exu Mirim se apresenta com vários nomes, como: Espadinha, Foguinho, Foguetinho, Espoletinha, Vassourinha, Caveirinha, Pimentinha, Lodinho, Travessinho, Cobrinha, Folhinha, Serpentinho, Trevinho, Tridentinho, entre outros, conforme a Falange na qual atua.
Os Exus Mirins protegem as crianças de rua, ajudando-as a sobreviver no mundo de hoje. Eles também acompanham e auxiliam aqueles que trabalham com crianças ou famílias desestruturadas.
Um Exu Mirim possui a alegria de servir. Ele trabalha com dedicação e passa sua alegria ao médium e a todos que o cercam.
Essa função de alegrar é para descontrair quem está sendo atendido e desviar sua atenção do problema. Assim, o Exu Mirim pode agir no atendimento e direcionar melhor o tratamento.
A intenção de um Exu Mirim é a de purificar o Terreiro. Enquanto eles bagunçam, fazem o atendimento e, muitas vezes, não demonstram que estão trabalhando!

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domingo, 11 de março de 2012

Pai João do Toco

Nascido na Fazenda Boa Esperança no norte de Minas Gerais, Pai João tornou-se conhecido durante o Ciclo do Ouro por habitar uma Fazenda Fantasma, onde ninguém queria morar.
Nascido em 1730, foi escravo durante a metade de sua vida. A Fazenda onde ele trabalhava foi vendida e seus novos donos não queriam escravos.
Alforriaram todos e contrataram aqueles que quisessem permanecer ganhando uma moeda e comida. Quem tinha família permaneceu na fazenda...
Como ele nada tinha, resolveu partir, mas não tinha lugar onde morar. Então, lembrou-se de uma fazenda abandonada na cidade vizinha e resolver ir para lá.
Tinha ouvido muitas histórias a respeito do lugar e ninguém se aventurava por aquelas terras, pois eram habitadas por fantasmas de escravos enraivecidos e mineradores perdidos.
Ao chegar na fazenda descobriu o que estava acontecendo com os espíritos e resolveu apaziguá-los. Conversou e estabeleceu uma trégua com eles. Assim, pode fixar sua morada e viver em paz.
Sua avó, por parte de mãe, havia lhe dado esse dom, que veio de seus ancestrais africanos: o de falar com os mortos. E ele ainda sabia benzer e curar.
Durante o restante de sua vida tornou-se morador efetivo da fazendo e ninguém nunca lhe perturbou, pois os vivos (proprietários da fazenda) moravam em Portugal e os mortos lhe respeitavam.
Nunca casou ou teve filhos. Morou sozinho a vida toda mas, era visitado constantemente por aqueles que queriam soluções para os mais variados problemas.
Ninguém na cidade lhe perturbava por conhecer sua fama. Assim, viveu em paz o restante de sua existência. E quando desencarnou passou a trabalhar auxiliando os irmãos menos esclarecidos.
Um século depois tornou-se um dos trabalhadores da Umbanda, no Reino de Aruanda, onde passou a servir com dedicação e amor. Como gostava de sentar num toco em frente a sua cabana, para conversar, ficou conhecido como Pai João do Toco.

sábado, 10 de março de 2012

Pombagira Menina

Essa menina doce e meiga, de olhar oriental, nasceu em Myanmar (Birmânia), no sul da Ásia, no ano de 1838 - na época uma colônia britânica.  Seu nome aqui no Brasil, seria algo assim como "Swang Pi".
Em sua tribo as mulheres não alongavam os pescoços com colares (como na Tribo das Mulheres Girafas). Quando eram prometidas em casamento, elas usavam uma pesada tornozeleira. Depois, para mostrar o compromisso, elas apenas tatuavam a pele.
Aos nove anos, foi vendida por seus pais a um grupo se soldados britânicos. Eles pensaram que a vida dela seria melhor em outro país, onde ela teria maiores oportunidades. Mas, ela foi comprada para servi-los de todas as formas.
Então, desde cedo, juntou-se a outras meninas que se tornaram escravas sexuais de seus tutores. Além de cozinhar, lavar e servir, elas deviam manter-se asseadas e bonitas, pois quando eram procuradas deviam estar dispostas a servi-los bem.
Foi assim que, com apenas doze anos de idade, Swang já conhecia o mundo dos adultos. Para fugir dessa realidade, aprendeu a consumir bebidas e a usar a pinang - uma espécie de planta misturada ao tabaco - que servia como estimulante.
Com apenas treze anos de idade, toda a sua noção de vida real havia se perdido e ela vivia entre a bebida, a droga e o sexo. Desencarnou antes de completar quatorze anos. Ela teve ataques epiléticos, por conta de uma mistura de bebida, noz de areca e outros alucinógenos.
Swang acordou no Plano Espiritual, em meio a espíritos sofridos, sem saber o que lhe havia acontecido. Uma avó que lhe amava muito lhe socorreu e levou-a a um Hospital Espiritual.
Quando recuperou sua memória e sua decência, quis entender sua trajetória de vida. Pediu para trabalhar com meninas que, assim como ela, perderam toda a inocência antes da puberdade.
A partir de então, ela passou a visitar diversos lugares no mundo inteiro, onde haviam meninas que passavam pela mesma situação que a sua.
Por conta disso, veio parar no Nordeste Brasileiro e conheceu as meninas que também se tornavam escravas sexuais desde cedo. Pediu para ficar nesta terra e fazer parte de um novo trabalho.
Conheceu a Seara do Caboclo Sete Encruzilhadas e percebeu que poderia ajudar, sem ser julgada ou condenada. Poderia ser ela mesma e simplesmente trabalhar...
Assim como ela, existem outras meninas com suas histórias de dor e sofrimento e que também trabalham como Pombagiras Meninas na Umbanda Sagrada.

Pombagira Cigana das Sete Encruzilhadas

"Vinha caminhando a pé, para ver se encontrava a minha Cigana de fé.
Ela parou e leu minha mão e disse-me toda a verdade...
E eu só queria saber onde mora: Pombagira Cigana de Fé!"

Essa Pombagira Cigana possui uma história bastante peculiar de solidão e sofrimento. Nasceu na Baviera (Bayern - popularmente conhecida por Bavária), uma das maiores regiões da Alemanha.
Seu nascimento foi muito festejado por seus pais, que pertenciam a Religião Pagã dos Celtas (o Druidismo).
Ela seria uma Sacerdotisa (druidesa) e desde muito cedo aprendeu a arte de curar, os nomes das ervas e a interpretar os sinais da natureza. Aos doze anos, ela era uma linda menina que conhecia muito de sua Religião Ancestral.
Nessa época a Inquisição fazia incursões pela Europa caçando "bruxas" e antigos seguidores das Religiões Antigas.
Seus pais sempre mantinham tudo muito bem guardado e escondido num porão. No entanto, alguém os delatou e a Inquisição bateu em sua porta. Seus pais foram presos, julgados e condenados. Seu irmão foi degolado ali mesmo.
Ela, por ser menina, foi preservada e levada até a Itália, para ser a serva de um importante Bispo. Durante um ano tentou em vão escapar. Quando a oportunidade surgiu, ela apunhalou seu captor e conseguiu fugir. Foi ajudada por um guarda em troca de favores sexuais.
Atravessou a Itália, com a intenção de retornar à Alemanha; mas, quando soube das Guerras que por lá estavam acontecendo, decidiu ir para a França. Já estava com 17 anos e toda a sua inocência havia se perdido.
Agora, ela conhecia a realidade da vida e a crueldade do homem. Sobreviveu na travessia, escondendo-se pela estrada, viajando a noite e trocando favores como podia.
Ela chegou ao sul da França em 1728 e se instalou numa choupana abandonada próximo a um Vilarejo. Com o tempo, começou a praticar sua Antiga Religião novamente...
Então, começou a ser procurada por aqueles que precisavam de ajuda. Ela ganhou a confiança do Vilarejo e, assim, pode viver tranquilamente por vinte anos...
Nunca quis casar, porque ainda lembrava os maus tratos que sofreu, quando menina, nas mãos de seu captor.
Porém, a Inquisição voltou a encontrá-la e dessa vez, ela não escapou. Foi presa, julgada e condenada por prática de bruxaria. Torturam-na e enforcaram-na numa encruzilhada da Vila. Muitos no Vilarejo também foram mortos...
Durante algum tempo seu espírito vagou querendo vingança e perseguindo aqueles que a condenaram.
Quando foi recolhida à Aruanda compreendeu sua história e relembrou sua missão de vida. Foi convidada a ficar e a trabalhar...
Ela poderia usar todo o seu conhecimento ancestral e auxiliar a quem necessitasse. Assim, tornou-se a Pombagira Cigana das Sete Encruzilhadas, porque seu espírito viajou muito e conheceu muitas estradas.

segunda-feira, 5 de março de 2012

A Pombagira do Brejo...

E sua missão de cura.

Essa importante mas, quase desconhecida Pombagira, trabalha na Linha das Águas, com a energia de cura das Mães.
Em sua última experiência de vida, nasceu em 1630, na região de Estrasburgo, na Alemanha Ocidental; em plena Guerra dos Trinta Anos, onde vários países europeus guerreavam entre si por terras, poder e religião. Nesse período, a Alemanha viveu um de seus piores declínios.
Sua família era de origem nobre e seus pais eram importantes comerciantes judeus na época. O estado alemão confiscou seus bens, suas terras e seus filhos. Os meninos eram usados como soldados no campo de batalha e as meninas tornavam-se concubinas. 
Ela era uma bonita moça que foi transformada em concubina real e mais tarde em serviçal dos religiosos protestantes. Conheceu toda a revolta e a guerra cristã européia. Quando sua idade não lhe permitiu mais servir aos caprichos dos nobres, foi dispensada aos campos de batalha para limpar as feridas dos soldados e servir comida a eles.
Os lugares onde as guerras aconteciam tornavam-se atoleiros de brejos lamacentos, mal-cheirosos e friorentos. Ao trabalhar nesse local, viveu, desse modo, todos os horrores da guerra, em meio a chuva, ao frio e a fome.
Ao desencarnar, sua alma estava carregada de dor pelos sofrimentos que viu e passou... Ela se torno uma socorrista dos soldados mortos nos campos de batalha. Aceitou expurgar essa dor trabalhando na Falange das Guardiãs dos Locais de Batalhas Sangrentas (o brejo).
Hoje, ela trabalha socorrendo as vítimas de catrástofes naturais e também limpa a aura daqueles atingidos por magia negra. Essa é a sua maior especialidade: limpar, purificar e curar. 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Exu Rei Sete Chaves


Um Exu Rei é um Exu Chefe de Falange. Ele comanda um Exército de Falangeiros, prontos a atender qualquer chamado...
Quando Ele assume o numeral "Sete" em seu nome, isso significa que Ele guarda um mistério. Esse mistério determina sua verdadeira missão nesse Planeta.
Por exemplo, de acordo com o cruzamento das Linhas dentro da Lei de Umbanda, existem sete comandos em sete vibrações distintas.
O nome Sete Encruzilhadas, representa sete cruzamentos de energia: a linha vertical representa o Plano Positivo e a linha horizontal representa o Plano Negativo.
O nome Sete Cruzes da Calunga indica que ele coordena o Mundo dos Mortos, conduzindo tanto aqueles que morreram na água (Calunga Maior), quanto aqueles que morreram na terra (Calunga Menor). Calunga Maior porque temos mais água que terra...
O nome Sete Ventanias está interligado ao número de vezes que cada espírito pode mudar de plano enquanto transmigra...
O nome Sete Capas representa o número de corpos que todo ser humano possui. Ele indica que cada Capa pode ter acesso a um corpo diferente em determinado momento.
O nome Sete Poeiras quer dizer sete partículas... Ele guarda o mistério da criação do Universo!
O nome Sete Pembas indica o número de vezes que todos os mistérios podem ser grafados para alterar uma simbologia.
O nome Sete Chaves representa sete lacres com sete sigilos ou sete selos. Cada selo abre uma entrada cósmica.
O Senhor Exu Rei Sete Chaves é um Guardião Cósmico, capaz de viajar no tempo e no espaço, para realizar o seu trabalho.
Todos esses Exus respondem primeiramente à Linha de Oxalá, em seguida ao seu cruzamento de Linha, ou seja, à segunda Linha que o ampara...
Assim, temos:
Exu Rei das Sete Encruzilhadas: é o comando da própria Linha de Oxalá.
Exu Rei Sete Cruzes da Calunga: Linha de Oxalá com a Linha das Almas.
Exu Rei Sete Poeiras: Linha de Oxalá com a Linha de Xangô.
Exu Rei Sete Ventanias: Linha de Oxalá com a Linha de Ibeji.
Exu Rei Sete Capas: Linha de Oxalá com a Linha de Oxóssi.
Exu Rei Sete Pembas: Linha de Oxalá com a Linha das Mães.
Exu Rei Sete Chaves: Linha de Oxalá com a Linha de Ogun.
Dessa forma, é possível entender a atuação de cada Exu Chefe de Falange, bem como, de seus Falangeiros. 
Esses Exus sempre identificam em seu ponto os sinais que definem o seu trabalho: sete cruzes, sete estrelas, sete espirais, sete chaves, etc.
No caso do Senhor Exu Rei Sete Chaves, tanto seu ponto, quanto seu instrumento, levam sete chaves de formatos e tamanhos diferentes, para indicar que ele abre diferentes mistérios.