segunda-feira, 30 de julho de 2012

Caboclo Arranca Toco

Esse índio da Tribo dos Peles Vermelhas da Amazônia, os Bororos, nasceu em 1625, no meio da Mata Virgem. E, desde pequeno, sua história começou a ser escrita diferente dos demais.
Ele sempre foi o mais alto e o mais forte de sua tribo. Ele crescia muito rápido e adquiria fortes músculos.
Ele gostava de arrancar tubérculos com sua mãe e de retirar todos os tocos de árvores que encontrava pelo caminho.
Os índios sempre comentavam: "Ele é mesmo o Filho do Trovão!" E, quando ele chegava, carregado de raízes, diziam: "O Arranca Toco arrancou todos os tocos do caminho!"
Nas disputas corpo a corpo entre os índios guerreiros da tribo, ele era sempre o mais forte! E muitos temiam enfrentá-lo, pois sabiam que sairiam perdedores.
Quando ele saía pela floresta para caçar, sempre trazia um javali sobre um dos ombros e um jacaré sobre o outro. Seus pais tinham muito orgulho de ter um filho tão forte!
O Cacique logo o nomeou o Guerreiro Sagrado da Tribo, aquele responsável por todas as batalhas e comandante em qualquer ataque.
A índia que lhe foi prometida temia pelo seu tamanho, mas ele ajudava com delicadeza as índias de sua Aldeia e era admirado por elas.
Porém, ele não casou... Com idade jovem ainda, foi encontrado morto nas matas sem causa alguma ou explicação, sentado embaixo da árvore mais alta.
O Pajé disse que Tupã o levou de volta aos céus onde era sua morada, pois ele não pertencia ao Povo da Terra.

domingo, 29 de julho de 2012

Indaiá: uma Cabocla apaixonada pelo mar...


Ela nasceu no litoral de Pernambuco, próximo a toda beleza e exuberância das matas da Floresta Atlântica, da caatinga, dos mangues e dos cerrados. Seu pai era um guerreiro respeitado na tribo e sua mãe era uma grande artesã.
Seu povo, de cultura Tabajara, vivia em paz e harmonia até a chegada do homem branco. Sua tribo mudou-se para o interior das matas, a fim de fugir da devastação do colonizador.
Mas, Indaiá era muito apegada ao mar e sentia falta dele. Então, sempre que podia escapava de sua tribo apenas para visitar as águas salgadas do Oceano.
Um dia, enquanto se banhava nas águas do mar, um dos portugueses, de uma expedição de reconhecimento a avistou e encantou-se com sua beleza.
Sua pele morena, seus longos cabelos negros, seu corpo perfeito, chamou a atenção do bandeirante-explorador. Era o ano de 1535 e ele estava a serviço de Duarte Coelho...
Quando ela foi embora, ele a seguiu até encontrar sua tribo. Os Tabajaras eram desconfiados, mas evitavam confrontos armados, diferente dos Potiguaras (que gostavam de guerrear).
O Cacique Chefe dos Tabajaras, Arco Verde (Uirá Ubi), possuía uma filha de muita beleza: Tabira; em idade de núpcias, porém sem casar. E o mesmo acontecia com Indaiá, que esperava para ser entregue a um guerreiro de sua tribo.
Quando a Expedição de Duarte Coelho chegou até a Tribo Tabajara, o Cacique Arco Verde assustou-se e pensou que era o fim de sua raça. Então, travaram uma luta, na qual Jerônimo de Albuquerque foi ferido por uma flecha em um dos olhos.
Ele foi feito prisioneiro e condenado à morte. Porém, foi salvo pela intervenção da filha Tabira (também conhecida por Tindarena), que o cuidou e se apaixonou por ele. Devido ao acidente, Jerônimo passou a ser chamado de "O Torto".
O casamento dos dois selou a paz entre os Tabajaras e os Colonizadores portugueses. Houve, então, uma negociação de apoio entre ambos, que se uniram contra os Potiguaras.
Com o casamento da filha do Chefe, Indaiá também pode casar-se com aquele que a seguiu: Alexandre Duarte, um dos assistentes da expedição.
Tabira foi batizada e recebeu o nome de Maria do Espírito Santo Arco Verde - em homenagem ao Dia de Pentecostes.
Indaiá também foi batizada e recebeu o nome de Maria Dolores Arué (em homenagem a Nossa Senhora das Dores). Arué (Alma dos Mortos) era o nome de seu pai.
Como os conquistadores conseguiram uma aliança com os chefes indígenas tabajaras e conseguiram dominar completamente os Potiguaras.
Com ajuda de Vasco Fernandes de Lucena, amigo dos Tabajaras, em 12 de março de 1537 a povoação passou a ser chamada de Vila de Olinda.
O nome surgiu devido a uma exclamação do donatário: "Ó linda situação para fundar uma vila!", ao observar a beleza do local.
Tabira e Albuquerque tiveram oito filhos, num casamento considerado ilegítimo. Por isso, ele se casou também com um portuguesa (Felipa), com quem teve onze filhos. Mas, ao todo ele registrou 24 filhos; por isso, o chamavam de "Adão Pernambucano".
Indaiá e Alexandre tiveram treze filhos e este manteve-se fiel a esposa que tanto amava. Alexandre levou Indaiá a viagens pelo mar e ela conheceu toda a exuberância do oceano.
Ela morreu jovem, aos 28 anos de idade, durante o parto de seu último filho. Alexandre contratou uma ama de leite e uma babá para criar as crianças, pois não se casou novamente.
Indaiá ao sentir que a morte se aproximava, logo após dar a luz, pediu ao esposo que a levasse até a praia. Ela queria morrer sentindo as águas do mar a lhe tocar...
Logo após a morte da esposa, Alexandre andava a beira da praia, onde ouvia a voz da esposa e via seu vulto na água.
Ele dizia aos outros que ela agora vivia no mar, mas seus amigos achavam que ele andava delirando por conta da bebida e de saudades da esposa.
Contudo, todos repetem essa história até os dias de hoje...

One with the Sea by Lee Bogle | Art, Fine art, Female art

sábado, 28 de julho de 2012

Cabocla do Fogo

Essa índia de origem Asteca, viveu na América Central, em uma Aldeia entre o Lago Texcoco e a Cidade de Tenochtitlán.
Seu pai era um exímio caçador e um dos melhores guerreiros da tribo. Ele servia ao Cacique buscando conquistar novas tribos e levando escravos ao Sumo Sacerdote da Cidade Real.
A índia de nome Aaret, gostava de dançar ao redor do fogo nos dias de festa e caminhava sobre as brasas da fogueira sem queimar seus pés. O povo da aldeia dizia que ela era protegida pelos deuses.
Aaret era uma moça muito bonita e foi prometida em casamento ao Chefe da Guarda da cidade principal. Porém, não chegou a cumprir seu destino...
Quando os conquistadores espanhóis invadiram suas terras em busca de ouro, viram uma bela índia pulando sobre a fogueira e ficaram admirados com sua beleza.
O Chefe dos Expedicionários enamorou-se da jovem e sequestrou-a, exigindo ouro pela sua libertação. Ao chegar ao acampamento espanhol, o expedicionário cedeu aos próprios caprichos e utilizou sua força para possuí-la.
Após ser usada pelo conquistador espanhol, Aaret sentiu-se humilhada e jogou-se sobre a fogueira do acampamento. Os espanhóis assustaram-se ao ver uma jovem em pé entre as chamas do fogo sem sequer se queimar...
O corpo da índia apenas se decompôs no ar, em faíscas. Ao saber do ocorrido o povo de sua tribo disse que ela se tornou uma Encantada do Fogo. E muitos a viam na Aldeia ao anoitecer, dançando ao redor da fogueira.
Atualmente, essa índia trabalha na Umbanda Sagrada como Cabocla, queimando e purificando com sua energia todos os fluidos malfazejos. 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

"Povo do Oriente"

Aqueles que conhecem as múltiplas faces do Criador.


O Povo do Oriente representa toda a gama de valores das Religiões Ancestrais e mais antigas da Terra, como: Judaísmo, Druidismo, Paganismo, Hinduísmo, Xintoísmo, Xamanismo e até mesmo o Islamismo, entre outras crenças.
A Ancestralidade Oriental refere-se às primeiras Civilizações do Mundo e que compreendem diversos Povos, como por exemplo: os Mesopotâmicos, os Egípcios, os Fenícios, os Persas, os Hebreus, os Hindus e os Chineses.
A Umbanda representa essa miscigenação de muitos espíritos, que queiram trabalhar e demonstrar seu amor ao próximo, através de sua crença na manifestação do Divino em todas as criaturas.
Quando uma Casa possui um Mestre Oriental em seus trabalhos, isso significa que sua ligação com os ancestrais desse Povo é muito forte!
Pode ser que em vidas passadas já tenham convivido juntos ou que o médium tenha experienciado alguma vida nessas crenças e agora esteja aprimorando seu conhecimento, usando o que aprendeu para melhorar seu trabalho na Umbanda.
O Povo do Oriente possui diversos espíritos com aparência bem diversificada, que se apresentam com mantos, turbantes, saris, túnicas, etc. Essa roupagem fluídica os identifica e os torna mais reconhecíveis aos nossos olhos carnais.
Quando se apresentam para o trabalho, são muito amáveis, simpáticos e elucidativos. Gostam de usar os termos de sua época ou de sua crença, na hora de cumprimentar aqueles que estão na assistência, como: NamastêShalomNi Al, Salaam Aleikum, entre outros...
Eles habitam Aruanda, como os demais trabalhadores, seguem a hierarquia usual e podem trabalhar em qualquer uma das Sete Linhas, como qualquer outro Falangeiro.
Ao aceitar trabalhar na Umbanda Sagrada, esses espíritos abnegados demonstram que somos todos iguais perante Deus e que todos possuem seu direito ao trabalho e à evolução.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

"Povo Cigano"

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O "Povo Cigano" é a representação de todos os espíritos estrangeiros, com muitas Pátrias ou sem nenhuma Pátria em especial...
Cigano é todo indivíduo de minoria étnica. A palavra "cigano" (gitano) deriva da língua bizantina: athínganos (zíngaro) e significa: intocável, impuro, estrangeiro, boêmio, expatriado...
Os Zíngaros (ou Gitanos) são todos aqueles que viajaram muito e que conheceram diversos lugares e diferentes Culturas.
A história do Povo Cigano é tão antiga quanto a própria dinastia do Povo Judeu... Alguns relatos expõe a sua origem na Índia Antiga, outros relatos citam a dissolução do Império Bizantino, outros, ainda, fazem referência à Antiga Roma, Pérsia e Egito.
Enfim, a História do Povo Cigano confunde-se com a própria História da Humanidade... Porque perde-se no tempo!
Os Ciganos representam os povos de minoria populacional, descendente dos Povos Nômades da Antiguidade. Eles recebem várias denominações como: Rom, Caló, Sinti, entre outras etnias menos conhecidas.
Em geral, os Ciganos comunicam-se muito bem. Como eles possuem conhecimentos múltiplos nas mais diversas áreas, eles conseguem "penetrar" a aura das pessoas enquanto conversam... 
Esses espíritos expandiram muito o seu conhecimento acerca da Humanidade e da História evolutiva do Planeta Terra. Em geral, são Entidades muito alegres, comunicativas e vibrantes, que contagiam a todos com sua energia e com suas histórias.
Os Ciganos nos ensinam que os dons são uma dádiva divina, que servem para nos auxiliar a evoluir, ajudando o próximo e a nós mesmos, em nossa jornada evolutiva.
Os Ciganos que trabalham hoje na Umbanda, sofreram diversas perseguições no passado e pagaram o preço por sua raça e por sua ideologia de vida.
Como Trabalhadores Espirituais, eles são aqueles que podem ensinar que todas as raças são iguais, que todos os Povos são irmãos e que todos possuem algum dom especial.

terça-feira, 24 de julho de 2012

"Povo Baiano"

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Ao se falar em "Povo Baiano" todos imaginam Entidades que nasceram e viveram na Bahia... No entanto, não é bem assim! Muitos "baianos" nem eram de origem baiana... Naquela época, o País não era dividido em Estados. E nem as Capitanias existiam!
Como o Brasil foi "descoberto" e colonizado através da Bahia, os primeiros habitantes do Brasil iniciaram seus trabalhos através das Terras de São Salvador.
Tudo começou pela Bahia: a retirada de pau-brasil; a escravização dos índios; a entrada de negros africanos; a colonização de novas áreas; a extração de riquezas e assim por diante... 
Em 1530 os índios começaram a ser escravizados no Brasil e em 1550 os primeiros negros chegaram para substituí-los. Foi assim que devastaram grande parte das matas virgens e mataram milhares de índios!
Em 1570 os jesuítas começaram a lutar pelo fim da escravidão dos índios; porém, não puderam impedir a utilização de negros nos trabalhos... Pois, começaram a sofrer ameaças e perseguições.
Dessa forma, a Bahia tornou-se um cenário de toda essa movimentação da Raça Africana, em confronto com a Raça Europeia e em detrimento da Raça Indígena Nativa.
Como no século XVII haviam mais negros do que brancos no Brasil, a força bruta era a única estratégia de domínio da raça.
Chegou um momento que, o número de Africanos no Brasil, excedia o número de brancos... Então, a Coroa Portuguesa exigiu que o Brasil subsidiasse suas riquezas ao Reino, para incrementar o progresso Lusitano.
Enfim, essa parte da História é muito triste e todos já sabem disso... Mas, retomando o assunto sobre o "Povo da Bahia", quando alguns trabalhadores de Umbanda se apresentam nessa vibração, eles estão afirmando:"Eu estive no começo da História do Brasil!"
O Povo Baiano faz parte da origem do Brasil e renegá-los é o mesmo que renegar a nossa história!

sábado, 21 de julho de 2012

"Povo das Águas"

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O Povo que habita o Reino das Águas envolve uma gama de seres com aspectos bem distintos! Desde elementais (tritões e sereias), ninfas e até espíritos que passaram a habitar o Reino Aquático (Encantados).
Como a água ocupa a maior parte de nosso Planeta, um total de 3/4 (três quartos), temos água em múltiplos sistemas: açudes, lagos, lagos, rios, riachos, córregos, mangues, pantanais, brejos, oceanos, etc.
A água é essencial à vida de todos os seres vivos! Portanto, seria normal que uma substância tão importante tivesse tantos seres vivendo em contato com a água.
Os seres que habitam o Reino das Águas nos Planos Astral, Elemental e Etérico possuem características bem distintas; mas, com manifestações similares.
Por exemplo, eles são seres de rara beleza e possuem uma luminosidade especial, que os auxilia a se locomoverem nos meios aquáticos mais densos e profundos.
Todos eles costumam ser amorosos, tranquilos e meigos em suas aparições.
O Povo das Águas possui a missão única de limpar e purificar a aura individual... Mas, também, limpam e purificam a Aura Planetária.
Através de ações contínuas de purificação, os Seres da Água ou "Povo da Água" estão sempre renovando a energia do Planeta e de todos os seres vivos.
Todos esses seres procuram viver em harmonia com os demais, além de fazer o bem ao Planeta Terra.
Afinal, são eles que contribuem para a preservação e sustentação da vida!

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

"Povo das Matas"

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Os seres que habitam a Natureza em geral, representam o "Povo das Matas". Eles englobam tanto os seres mitológicos, quanto os lendários.
Esses seres amorosos que cuidam gentilmente das plantas, dos animais e de todos os seres vivos em geral, nos protegem e garantem a continuidade da vida na Terra.
A Natureza está perecendo... Por isso, todos os Encantados e todos os Elementais preocupam-se com a continuidade da vida.
Tanto o Reino Vegetal, quanto o Reino Animal, enfrentam inúmeras mudanças negativas, como a redução crescente de todas as espécies, a desertificação de inúmeras áreas e o descontrole populacional.
Todas essas alterações no Meio Ambiente causam desastres, catástrofes e calamidades diversas. E isso, preocupa os Seres Elementais e os Guardiões da Natureza.
Eles tentam, de todas as formas, chamar a atenção da Humanidade para tudo o que está acontecendo no Planeta; mas, a grande maioria ignora...
O ser humano vive tão desatento, que nem percebe o mal que causa a si mesmo. Mesmo as Lendas e os Mitos não conseguem mais tocar o coração do homem, que continua destruindo...
Esse seres abnegados do Reino Natural cumprem uma missão extraordinária! Sem eles jamais haveria vida na Terra.
Graças a eles, toda a vida prossegue ofertando ao homem o alimento e o ar puro, enquanto o Criador assim o permitir...

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

"Povo do Cemitério"


O Cemitério possui muitos nomes: Cidade dos Pés Juntos; Terra dos Defuntos; Terra da Última Morada; Terra dos Deitados; Cidade do Sono Eterno; Solo Sagrado; Solo da Última Passagem; entre tantos outros.
Antigamente, as pessoas eram enterradas ou cremadas em qualquer lugar. Poucas culturas tinham o hábito de sepultar seus mortos em um local adequado. Sabemos que o Egito fazia isso há milhares de anos e que Roma também... Mas, em muitas Culturas, isso não era usual e em alguns lugares ainda não é, como na Índia.
As cidades cresceram, se organizaram e, por isso, surgiram os locais adequados ao depósito final do ser humano: o Cemitério. Como a população aumentou muito nos últimos tempos, a "Cidade dos Mortos" também aumentou e se organizou...
Foi assim que surgiu o Povo do Cemitério, pois as almas deixaram de ser "penadas" e vagar por aí, para serem organizadas em grupos. É verdade que algumas almas ainda tentam escapar das Leis Universais, mas todos os espíritos sem exceção, obedecem a um rigoroso processo de direcionamento.
Na Terra do Destino Final, existe toda uma hierarquia para administrar o espaço em questão. Se um espírito fica preso à matéria, pode ser chamado para trabalhar no cemitério em benefício próprio ou de outros, aproveitando para se redimir de seus erros. Assim, ele "purga" um pouquinho os seus pecados e pode seguir mais leve a sua jornada.
O Cemitério é um local de muita energia, seja pela matéria em decomposição, seja pelos espíritos presos aos restos mortais, seja por haver grande concentração de fluidos vitais. Por conta disso, tornou-se de suma importância preservar esses lugares de ataques externos e impedir a saída de seus moradores.
Existem aqueles que escolhem ou que são designados para trabalhar no setor dos desencarnados, passando a servir ao Senhor dos Mortos (Omulu) e a Senhora das Almas (Nanã). Quem organiza tudo dentro da Calunga são os Exus Guardiões ou Pombagiras Guardiãs.
Eles são chamados de "Guardiões" porque guardam... Além de guardar as Fronteiras Espirituais, eles também guardam o Solo Sagrado e os espíritos recém desencarnados, até que sejam encaminhados ao seu correto destino. Os Guardiões e as Guardiãs trabalham mantendo a ordem local e preservando o equilíbrio energético do Solo Sagrado.
No Cemitério temos a consciência de que que somos todos iguais, pois ricos ou pobres dividirão o mesmo solo ao final de sua jornada terrena. Também entendemos que nosso corpo é temporário, por isso precisamos preservar outros valores.
Com o Povo do Cemitério aprendemos que sempre haverá trabalho, seja do lado de cá ou do lado de lá. A nossa evolução nunca para, pois não há como desistir da caminhada, nem como parar a jornada...

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

"Povo das Ruas"


O Povo das Ruas está bem representado na Kimbanda (Quimbanda), mas eles também trabalham na Umbanda. A diferença está nas Leis que regem o trabalho de Esquerda na Umbanda e as Leis que comandam os trabalhos de Kimbanda.
Se uma pessoa possui missão como "Povo das Ruas" precisa entender que toda Entidade de Rua é alguém que possui muita experiência de vida. Por isso, ele é reconhecido como alguém "da Rua".
Uma Entidade da Rua é uma Entidade que enfrentou inúmeros desafios enquanto esteve encarnado e, como espírito, entende a natureza humana.
Eles conhecem todos os mistérios do "em cima" e do "embaixo", pois já estiveram nos dois lados. Eles conhecem as encruzilhadas, as estradas, as moradias antigas, os cultos ancestrais, as magias e os encantamentos.
Eles conhecem e reconhecem a índole, o caráter e a personalidade de cada pessoa apenas pelo olhar; pois, são espíritos vividos, experientes e conscientes das mazelas humanas. Por isso, riem muito, falam alto e observam astutamente cada consulente.
Muitos pensam que essas Entidades estão brincando enquanto conversam mas, na verdade, estão trabalhando. Enquanto circundam os atendidos, eles estão desmanchando algum mal feito... Por isso, dançam muito, rebolam ou gargalham à vontade.
Pra finalizar, precisamos esclarecer que essas Entidades atuam na esquerda como Exus e Pombagiras, mas nem sempre podem ser chamados de Guardiões ou Guardiãs...
Um Guardião ou uma Guardiã, como o próprio nome diz, é alguém que "guarda", porque possui uma missão bastante específica. E uma Entidade que atua nas Ruas segue uma rotina diferente.
Outro ponto a ser esclarecido é que nem todo Exu e nem toda Pombagira é "das Ruas". E até a aparência fluídica e a própria vestimenta revelam isso... Alguns são do Cemitério, outros são do Cabaré, outros ainda, são das Encruzilhadas, etc.

domingo, 8 de julho de 2012

A malandragem dos Malandros...


O maior representante de todos os Malandros é, com certeza, o Senhor Zé Pelintra. Um Pernambucano que gostava de atuar em favor dos menos favorecidos e, por isso, ficou conhecido como "Advogado dos Pobres".
Assim como Zé Pelintra, a maioria dos Malandros e das Malandras passam uma imagem de quem vive na Boemia, ou de quem leva a vida numa boa: jogando, bebendo, curtindo e se divertindo.
Esses Espíritos pertencem a uma categoria à parte, porque a principal diferença entre eles e os demais Espíritos está, principalmente, na convivência... Eles são Entidades que gostam de conviver bem, na "malandragem", no bom humor, na parceria e na parcimônia.
A expressão "malandragem" começou a ser utilizada pejorativamente há quase um século, quando os indivíduos alforriados comemoravam sua liberdade dançando nas ruas. A expressão surgiu com a intenção de ilustrar o cenário de uma época... Onde o pobre no Brasil tinha que "se virar" para sobreviver, fazendo "malandrices".
Os Malandros e as Malandras representam todas as pessoas que trabalham à noite, no movimento das Ruas, nos Bares, nos Cabarés, nas Casas de Shows, nos Clubes, nos Cassinos, nas Boates, nas Esquinas, e em tantos outros lugares.
Eles também estão presentes junto à todo sobrevivente de "bico", de feira, de quitanda, de arte, de mascate, entre tantas outras ocupações! Por tudo isso, os Malandros formam um Povo à parte...
Assim como o Povo Cigano, o Povo da Malandragem, ou simplesmente "Malandros", pode atuar em mais de uma Linha ou em diferentes Falanges. Em geral, eles pertencem ao Catimbó, à Encantaria e à Kimbanda.
Na Umbanda, devido à sua disposição, os Malandros e as Malandras podem trabalhar junto ao Povo Baiano na Direita... Mas, existem Entidades que também aceitam trabalhar na Esquerda, junto aos Exus e às Pombagiras.
Alguns Terreiros podem possuir o trabalho específico com os Malandros, já que existem Casas comandadas por Entidades do Catimbó ou outra Nação.
Para finalizar, vamos esclarecer que alguns Malandros se parecem com Exus, assim como, algumas Malandras se parecem com as Pombagiras; dessa forma, existe uma certa confusão entre as Entidades. 
Por exemplo, Zé Pretinho veste-se todo de preto e é um Malandro. Maria do Cabaré parece Pombagira, mas é uma Malandra. A cor da roupa não determina a evolução da Entidade, ela apenas define o seu padrão vibratório.

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*Esclarecemos que, nunca publicamos a história do Senhor Zé Pelintra, pois já existe um livro com a sua história: "Zé Pelintra: Sêo Dotô, Sêo Dotô! Bravo Sinhô!" - de Mizael Vaz.

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sábado, 7 de julho de 2012

Exu Rei das Cobras!

O Senhor da Medicina Mágica.

Esse Exu nasceu na África Medieval, nos tempos em que os Europeus começaram a desvendar os mistérios dos Sete Mares.
Seu nome era Mustafah Mun Arah e ele era um exímio encantador de serpentes. Sabia como ninguém deslocar-se pelo deserto de Saara, encontrando oásis e água em abundância.
Sua principal qualidade era saber a localização exata de jazidas de pedras preciosas e seus serviços eram solicitados pela Coroa Britânica e Espanhola.
Mustafah possuía em seus antepassados o cruzamento das raças orientais e egípcias, então seus olhos eram esverdeados e levemente puxados. O que lhe dava um aspecto similar aos olhos das cobras.
Ele sabia encantar as cobras, utilizando seu veneno em curas diversas e por isso o chamavam "O Rei das Cobras" - apelido que o seguiu após o desencarne.
Viveu muitos anos bons, ajudando os conquistadores a encontrar as jazidas de pedras preciosas.
Morreu em um dos combates entre os mamelucos abássidas, servidores dos Califas Otomanos, e o exército Franco-espanhol, na conquista do ouro ocidental africano.
Essa foi uma vida marcante para ele, pois foi nela que ele se tornou um "Exu Rei das Cobras".

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Exu Caveira

Diferente do Senhor Tata Caveira, o "Exu Caveira" possui uma missão mais peculiar...
Ele faz parte da ordem dos guardiões que se dispuseram a guardar catacumbas, sepulturas e mausoléus em toda a face da Terra.
Eles também atuam junto a pessoas que trabalham com espíritos recém-desencarnados, que desconhecem a sua real situação.
Enquanto os Tatas Caveiras encaminham os recém-falecidos aos seus destinos finais, os Exus Caveiras mantém sob vigília os espíritos errantes e devedores de suas dívidas finais.
Assim, todo trabalho de desobssessão possui um Exu Caveira auxiliando no desenrolar do tratamento, para que o espírito receba os fluídos necessários ao seu refazimento.
Um "Exu Caveira" é de pouca fala e jamais gosta de se expor sem motivos.
Podemos ver diversos Exus Caveiras trabalhando: em locais de ruínas antigas, em locais de grande mortandade, onde ocorrem tragédias ou massacres e que exigem a atuação de sua manifestação.
Muitos Exus Caveiras foram soldados mortos em combate... Por isso, eles conhecem profundamente o campo de batalha.
Se você ver um Exu Caveira, não o tema, ele não está presente para te assustar... Com certeza, ele está trabalhando e encaminhando algum espírito perdido.