terça-feira, 28 de janeiro de 2014

As Falanges de "Tomás".

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Pouco se fala de São Tomás de Aquino e de seu dia votivo: 28/01. Tomás de Aquino nasceu em "Aquino" em torno de 1225 d.C., no Reinado da Sicília. São Tomás morreu no dia 7 de março de 1274, em um Mosteiro, enquanto viajava para o Concílio de Lião.
Tomás pertencia a uma família de Condes. E foi contra a vontade da família, entrou para a Ordem de São Domingos de Gusmão. Seus irmãos seguiram carreira militar, enquanto ele preferiu a carreira de abade. 
Antes de seguir para a Abadia com seu tio, ele iniciou seus estudos em Filosofia, Aritmética, Álgebra, Música, Geometria e Astronomia. Estudou diversos autores importantes da época e tornou-se excelente orador.
Em seguida, tornou-se discípulo de Santo Alberto Magno; e como falava pouco, recebeu o apelido de boi mudo. Entretanto seu Mestre afirmava: "Quando este boi mugir, o mundo inteiro ouvirá seu mugido".
Na Umbanda, São Tomás de Aquino não é sincretizado com Orixá, mas seu nome é reverenciado junto às Falanges de Pretos-Velhos, Ibejis, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, etc. Assim temos: Baiano Tomás, Boiadeiro Tomás, Preto-velho Pai Tomás e assim por diante...
Cada Falangeiro acrescenta seu "sobrenome" e define sua Hierarquia ao se apresentar; porém, isso não muda sua denominação e sua Linhagem. Por exemplo: Baiano Tomás das Pedreiras, Pai Tomás das Águas, Ibeji Tomás do Rio, Vaqueiro Tomás das Estradas, Cigano Tomás Cortez, Vovô Tomás do Cruzeiro, etc.
O nome Tomás é escolhido quando a Entidade deseja demonstrar seu apreço pelas Ciências Exatas e pelas Artes em geral... Uma característica que as Entidades com o nome Tomás carregam, é que elas costumam "ruminar" seus pensamentos antes de falar, assim como São Tomás de Aquino.

Oração à São Tomás de Aquino
*Normalmente essa oração é realizada antes dos estudos, para a pessoa "gravar" melhor o que estudará.

Criador inefável, que,
no meio dos tesouros da vossa Sabedoria,
elegestes três hierarquias de Anjos
e as dispusestes numa ordem admirável
acima dos Céus,
que dispusestes com tanta beleza
as partes do universo,
Vós, a Quem chamamos
a verdadeira Fonte de Luz e de Sabedoria,
e o Princípio supereminente,
dignai-Vos derramar
sobre as trevas da minha inteligência
um raio de vossa clareza.

Afastai para longe de mim
a dupla obscuridade na qual nasci:
o pecado e a ignorância.
Vós, que tornais eloquente
a língua das criancinhas,
modelai a minha palavra
e derramai nos meus lábios
a graça de vossa bênção.

Dai-me a penetração da inteligência,
a faculdade de lembrar-me,
o método e a facilidade do estudo,
a profundidade na interpretação
e uma graça abundante de expressão.

Fortificai o meu estudo,
dirigi o seu curso, aperfeiçoai o seu fim,
Vós que sois verdadeiro Deus
e verdadeiro homem,
e que viveis nos séculos dos séculos. Amém!


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"LEVAR OS HOMENS À VERDADE É O MAIOR BENEFÍCIO QUE SE PODE PRESTAR AOS OUTROS!" (São Tomás de Aquino)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Salve São Sebastião!


Sebastião (Sebastiano) nasceu em Petrória, na Itália em 256 d.C., de uma família cristã. Seu nome deriva do grego Sebastós, que significa "Divino". Sua história é conhecida porque foi escrita e contada por Santo Ambrósio (Bispo de Milão a partir de 374).
Sebastião decidiu ingressar no Exército Romano em torno de 283 d.C., onde tornou-se um excelente soldado. Por isso, foi nomeado Capitão da Guarda Petroriana pelos Imperadores Diocleciano e Maximiano. Ele jamais deixou de ser cristão e pregava o Cristianismo, secretamente, convertendo muitos soldados. Inclusive, conseguiu converteu Cromácio, governador de Roma e seu filho Tibúrcio.
Aos poucos suas atividades foram descobertas e denunciadas ao Imperador Diocleciano que o chamou para um interrogatório. Ele confirmou sua cristandade e o Imperador o chamou de traidor, pois ocupava cargo de confiança e destaque nas fileiras romanas. Foi, então, condenado à morte, sem direito a apelação, por volta de 286.
Amarrado a um tronco foi alvejado por flechas, na presença da guarda pretoriana. Dado como morto, seu corpo foi jogado em um rio. Sebastião, porém, sobreviveu e foi socorrido por uma jovem de nome Irene (Santa Irene, 3 de abril)*, que retirou suas flechas e o tratou. Assim que ele se recuperou, voltou a apresentar-se ao Imperador e censurou-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos.
Diocleciano ficou atônito com tamanha ousadia e ordenou que o espancassem, sem brandura, até a morte. Ele foi surrado com açoites, levou pauladas, chicotadas e pelotadas de chumbo, até que caísse morto por terra. Isso ocorreu em 20 de janeiro de 288. Dessa vez seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma, para que os seus ferimentos não se recuperassem após o sangramento. Luciana* resgatou seu corpo, limpou-o e sepultou-o nas catacumbas.

Oração a São Sebastião
Glorioso mártir São Sebastião, soldado de Cristo e exemplo de cristão.
Hoje vimos pedir a vossa intercessão  junto ao trono do Senhor Jesus,
nosso Salvador, por Quem destes a vida.
Vós que vivestes a fé e perseverastes até o fim,
pedi a Jesus por nós para que sejamos testemunhas do amor de Deus.
Vós que esperastes com firmeza nas palavras de Jesus, pedi-Lhe por nós, 
para que aumente a nossa esperança na ressurreição.
Vós que vivestes a caridade para com os irmãos,
pedi a Jesus para que aumente o nosso amor para com todos.
Enfim, glorioso mártir São Sebastião, protegei-nos contra a peste,
a fome e a guerra; defendei as nossas plantações e os nossos rebanhos,
que são dons de Deus para o nosso bem e para o bem de todos.
E defendei-nos do pecado, que é o maior de todos os males.
Assim seja. Amém!


São Sebastião corresponde a Oxóssi no Sincretismo Religioso... Zélio Fernandino de Morais consagrou a Oxóssi a Quarta Linha da Umbanda. A cor dessa Linha é o verde e seus trabalhadores (Falangeiros) são chamados de Caboclos. A saudação é Okê Arô!
Antigamente, alguns sincretismos podiam variar de acordo com a Região do País, onde São Sebastião podia ser Ogun ou Oxóssi. Mas, atualmente, ficou definido como está: São Sebastião sincretiza com Oxóssi.

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Festa para Nosso Senhor do Bonfim.


A Festa para Nosso Senhor do Bonfim teve início em 1745, quando Teodósio Rodrigues de Farias (oficial da Armada Portuguesa), trouxe de Lisboa, Portugal, uma imagem do Cristo Crucificado.
A imagem foi festejada e levada em procissão à Igreja da Penha, na Península de Itapagipe. Em julho de 1754 a imagem foi transferida com Grande Procissão e Festividades para sua própria Igreja, na "Colina Sagrada".
A Festa Católica do Bonfim é uma celebração religiosa que ocorre depois do "Dia de Reis", durante o mês de janeiro, com novenas e adoração do Santíssimo Sacramento. A "Lavagem da Igreja" ocorre na manhã da segunda quinta-feira do ano, uma semana antes da tradicional "Festa para o Nosso Senhor do Bonfim".
São lavadas as escadas e o átrio da Igreja, com vassouras feitas com as próprias flores e galhos das plantas, ao som de atabaques e cânticos africanos. Após a lavagem, a Festa prossegue no Largo do Bonfim, com o "Axé" dos batuques e, ainda, com danças, comidas e bebidas.
Para a "Lavagem das Escadarias de Nosso Senhor do Bonfim" são utilizadas flores brancas e água de cheiro... O "Cortejo das Baianas" sai da Igreja Nossa Senhora da Conceição da Praia e segue em procissão até o alto do Bonfim (cerca de 8 Km).
Além das Festas, a atribuição de milagres e de outros prodígios, tornou o Senhor do Bonfim (ou Senhor da Boa Morte) um objeto de devoção popular. Na Umbanda, Nosso Senhor do Bonfim é sincretizado com Oxalá, o Pai Maior.