segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Exu Elegbá Bará Alebá...

O Senhor dos Movimentos Cósmicos!

"Eu existo para servir ao Criador e para honrá-Lo a cada dia. Minhas ações são comandadas por Ele e nada faço sem que Ele me instrua. Acham que sou um Djin ou um Daemon ou um Diabo. Pensem o que quiserem e concluam o que acharem melhor. Eu sei o que sou e porque realizo o meu trabalho e é isso o que importa. Muitos de vocês saberão a verdade após desencarnarem; outros, permanecerão na ignorância. A cada um cabe o seu quinhão e a sua conquista. Por isso, vivam de tal maneira que vocês possam se orgulhar de tudo o quanto fizeram... Para que, ao morrerem, não necessitem olhar para trás e chorar por aquilo que não fizeram!
Nós nascemos, vivemos e morremos. Nós passamos por todos os Reinos. Nós evoluímos em todas as esferas. Quando digo "nós", estou referindo-me a mim também. Posso não ter vivido no mundo de vocês, mas vivi em outros mundos. No mundo de vocês sou apenas um agente que promove a lei. No meu mundo eu fui um Senhor dos Exércitos e não foi por acaso que fui escolhido para essa missão.
Muitos de vocês desconhecem o verdadeiro mistério da evolução. Nós somos seres infinitos e temos que passar por todos os Planos, Umbrais e Portais, para haver evolução! Vocês acreditam em evolução somente no eixo masculino? Ou no polo feminino? Ou que a evolução ocorre somente pelo bem? Você pensa que somente o positivo nos comanda e que o negativo não existe no mundo? Então você vive na ilusão! Pois a verdade é que todos possuem o direito de evoluir e de progredir - todos sem distinção! Não há melhor ou pior. Não há mais ou menos. Há apenas aquele que evoluiu primeiro e aquele que evoluirá depois. Essa é a Lei. Essa é a vida. É assim que funciona o Equilíbrio Universal. Ninguém se perde. Ninguém será esquecido.
O mundo evolui, assim como todas as criaturas. Em que mundo você vive? Um mundo que possui uma cartilha de certo e errado onde o bem vence o mal? Quem é o bem e quem é o mal? Você é o bem? E o mal está no outro? Acaso o outro também não representa a Face do Divino? Pensem em tudo o que vocês leram, viveram e aprenderam até hoje... Acham que somente uma verdade comanda tudo? Acaso o Criador seria tão pequeno e injusto? Se Ele criou tanta diversidade e construiu tantos mundos, mostraria apenas uma solução para tantos problemas?
Ele é maior que tudo isso e muito mais sábio do que vocês possam supor. Ele permite a vocês fazerem tudo o que acham devido, mas depois cobra a Lei. Vocês cometem desatinos e arbitrariedades, para que possam aprender o que é justo e correto. É por isso que eu estou aqui: para fazer cumprir a Lei Maior. Eu sou um Servo da Lei e não terei pena ou misericórdia ao lhes cobrar o preço justo de sua condenação! Mas, se você não errou, então, não há o que temer..."

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Xamã Vermelho - Red Shaman - Pupa Shaman

"Pupa" realiza seu trabalho nas Falanges Orientais de Cura em toda a Umbanda Sagrada, sob as ordens das Linhas de Iansã e Xangô. Ele nasceu nas Planícies Geladas, que ficam próximo às Montanhas Rochosas ao dos Estados Unidos, entre os estados de Montana e Wyoming. Ele pertencia ao Povo Cree, da Tribo Assiniboine (Ojíbua).
Ele conta que, desde a última grande Era Glacial, muitos povos começaram a habitar as Montanhas Rochosas, como os: apache, arapaho, crow, cheyenne, sioux, ute, kutenai, entre outros. Eles viviam nas planícies durante as estações do outono e inverno, onde caçavam bisões (búfalos-americanos). E nas estações mais quentes (primavera e verão), viviam entre as Montanhas onde pescavam peixes, caçavam alces e colhiam raízes e frutos.
Por causa da Guerra do Ouro, as histórias dos estados de Oregon, de Wyoming, de Montana e de Idaho se confundem. A palavra "Wyoming" na língua indígena significa Terra de Vastas Planícies e "Montana" deriva de Montanha mesmo. Oregon deriva de uma frase: "Caminho do Ouro" - para a qual não há tradução literal: ore go on (minério de continuar). Idaho possui um cognome: Gem State ou "Estado da Joia".
Mas, voltando a história de Pupa... Ele viveu entre os séculos XVII e XVIII, quando o homem branco tentava conquistar o território norte-americano. Os nativos das Montanhas Rochosas ainda estavam protegidos pela região desconhecida e pouco desbravada. Mas, quando os brancos começaram a chegar, pareciam "possuídos" por espíritos maus, pois seu único intuito era matar e conquistar.
Por conta de tanto ódio e sede de conquista por parte dos europeus, os nativos escondiam-se cada vez mais entre as montanhas e o frio. Pupa havia sido preparado desde adolescente para sua tarefa de líder religioso da tribo, então sabia realizar todas as curas necessárias para seu povo. Todos o respeitavam por seus ensinamentos. Ele aconselhou sua tribo a manter-se escondida nas montanhas e evitar o confronto com o branco. Disse que o homem branco já trazia o ódio dentro de si.
Quando Pupa estava idoso e preparava-se para deixar o mundo dos vivos, chamou seu sucessor e disse-lhe: "Prepara-te para a grande mudança da terra. O homem branco a tudo transformará e nossa nação nunca mais será a mesma. Preserva nossa gente e nossos costumes, para que o Grande Espírito mantenha nossos descendentes sobre essa terra."

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Chefe Manitoba

Um Cacique que tentou preservar a sua Raça.

A palavra Manitoba vem das palavras algonquinas "manito" e "waba" que significam, respectivamente: Grande Espírito e Estreito. Os nativos americanos que viviam na região do Lago Winnipeg, acreditavam que os sons vindos do vale estreito próximo ao Lago, eram emitidos por "Grandes Espíritos" antigos. Mas, atualmente, sabem-se que são ecos.
Toda a região de Manitoba é abundante em rios e lagos. É uma das dez províncias do Canadá, coberta por enormes planícies com solo próprio para agricultura. A região também possui muitas áreas florestais e depósitos de cobre, zinco e níquel.
Durante o século XIX, Ingleses e Franceses disputaram a posse de terras do Canadá. Manitoba fez parte inicialmente de um gigantesco território conhecido como "Terra de Rupert", administrada pela Companhia Inglesa da Baía de Hudson. Mas, algumas regiões de Manitoba também foram colonizadas pelos Franceses.
Em 15 de maio de 1870, após a Rebelião de Red River (Rio Vermelho), o governo Canadense elevou a região sul do atual Manitoba à categoria de Província - isso equivalia a apenas 5,6% de seu tamanho atual. Sua extensão territorial cresceu gradualmente até 1912.
Foi nesse cenário que o Cacique Manitoba viu sua terras e tribos serem dizimadas e aos poucos colonizadas pelo homem estrangeiro. Ele viveu 112 anos sobre as Terras Canadenses e pode ver muita coisa com seus próprios olhos.
O Rio Vermelho tornou-se Rio de Sangue muitas vezes, pelas mortes que assistiu e pelos corpos que recebeu em seu leito. As terras de Manitoba presenciaram muitas transformações. Mesmo assim, o Cacique tentou manter a cultura e a tradição de seu povo intactos após a colonização.
Foi difícil... Nessa época, ele sentiu-se "pequeno", como o estreito do Lago Winnipeg; porém, em outros momentos, sentia a força do "Grande Espírito" a lhe sustentar. E assim, aguentou o quanto pode para preservar seu povo e sua raça.
Antes de exalar o último suspiro fez um pedido a seu neto Kanna Kanna (Dois Caminhos): "Meu filho, não deixe morrer nossa tradição ou nossos costumes. Preserve-os a todo custo, para que um dia o homem branco possa conhecer a sua origem..."
Hoje em dia, Ele trabalha como Mensageiro Espiritual sob o comando de Xangô. Mas, ele exerce maior domínio quando atua na Linha de Oxalá e na Linha das Águas, ao harmonizar e fluidificar o Ambiente de Trabalho.
Ele também pode atuar na Falange do Povo do Oriente, como Mentor Espiritual e Orientador... Quer dizer, Chefe Manitoba é um Cacique, um Líder Espiritual e um Mensageiro, sob as ordens da Espiritualidade Maior.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Por que o médium sofre?

Certa vez um dos Mentores da Casa foi questionado sobre o sofrimento que muitos médiuns, santos ou profetas passam para cumprir sua missão de vida...
Ele respondeu: "A pior doença é a da alma que não se manifesta no corpo mas, se manifesta no espírito, denegrindo, corrompendo e conduzindo o ser humano ao caos e à destruição. Quando a doença está no físico, o ser humano já trabalhou suas mazelas e pode evoluir sem manchas ou máculas."
Depois ele nos explicou que é melhor adoecer na carne do que no espírito, pois o corpo volta para a terra e vira pó, enquanto o espírito prossegue sua jornada. O pó da terra, com a ajuda de toda a Natureza, a tudo transmuta com o passar dos tempos. Mas, o espírito adoecido sofrerá até pagar suas dívidas Khármicas. Então, citou diversas histórias conhecidas e desconhecidas, dentre elas a de Jó, que muito padeceu, sem perder a fé em Deus.
Quantos de nós pensa em abandonar tudo, inclusive a fé, quando algo de ruim acontece? Quantos de nós pensa em usar a mediunidade como objeto de vingança, em forma de magia negra? Quantos de nós desiste no primeiro obstáculo?
Cumprir missão nunca é fácil, ainda mais na caridade. Somos testados a todo momento, somos questionados a cada instante, somos ultrajados em muitos atendimentos. Mas, não podemos desistir de nossa evolução, de nós mesmos e de nossa fé. Não podemos desistir de nossa jornada evolutiva.
Quando o médium sofre é porque está cumprindo corretamente sua missão de vida e seu espírito inquieto "sente" todas as dores dos atendimentos e do padecimento alheio. O médium coerente deseja mudar todas coisas que considera como erradas e sofre porque sabe que jamais poderá interferir no livre arbítrio existente.
Portanto, meus filhos, médiuns atuantes ou não, sofrer faz parte do bom espírito que almeja tão somente o bem e a evolução. Na verdade, sofremos porque queremos mudar a tudo e a todos, mas, sabemos que não podemos fazer isso.

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sábado, 8 de fevereiro de 2014

CÓDIGO ÉTICO LITÚRGICO DA UMBANDA


A postagem de hoje traz o documento oficial da Federação Brasileira de Umbanda, o qual determina todos os procedimentos que devem ser seguidos em sua ritualística. O documento foi extraído do site da FBU, mediante autorização prévia via e-mail.

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Código Ético Litúrgico da Umbanda

Título I • Da Introdução

Art. 1º
A Religião se complementa num conjunto de Ritos e Cerimônias Litúrgicas em sua manifestação esotérica, fundamentados em símbolos (Pontos Cantados e Riscados) que exprimem a essência divina e objetiva a condução da manifestação da fé aos propósitos do crente, do fiel, do discípulo ou do simples praticante.
A Umbanda, manifestação religiosa, num testemunho perene e universal da existência divina na manifestação do Mundo Espiritual, tem nos seus ritos e cerimônias litúrgicas e reafirmação de seus sagrados anseios a conduzir a criatura humana no retorno à Espiritualidade, a Deus, Inteligência Universal.
A Umbanda, como religião, integra o universo em toda a sua grandeza divina e com ele é a manifestação de harmonia na vibração eterna de seus poderes nos múltiplos planos do Mundo Cósmico.

Art. 2º
A Religião - Sentimento inerente à criatura humana em sua busca à origem espiritual, divina, Deus, Causa Primária em suas múltiplas manifestações na eternidade da vida, com a imortalidade da alma, no cumprimento dos postulados de reencarnação, segundo os princípios dos Fundamentos da Umbanda.


Art. 3º
Código Litúrgico - Este tem por fim disciplinar Ritos e Cerimônias Litúrgicas, dentro de um Princípio Espiritual de tolerância e compreensão e sua aplicação é válida em todo o território brasileiro e mesmo no exterior, onde já se desenvolve a Religião de Umbanda. Teve como subsídio, dentre outros, o trabalho elaborado pelo escritor João de Freitas. O presente Código poderá sofrer as alterações decorrentes de necessidades e realidades locais.


Art. 4º
A Atribuição - Além de disciplinar Ritos e Cerimônias Litúrgicas, este Código objetiva consolidar todos os postulados da Religião de Umbanda, alcançando desta forma a unidade tão necessária.

Título II • Da Organização
Art. 5°
A infra-estrutura da Religião de Umbanda se fundamenta em seu corpo místico ou religioso e social, tendo como base os Templos (Tendas, Centros, Cabanas, Terreiros etc.) os quais se agrupam e são representados pelo seu respectivo Órgão de Cúpula.


§ 1º - Paralelamente podem organizar-se tipos de Instituições, como Escolas, Institutos, Ordens etc., que devem cadastrar-se aos respectivos Órgãos de Cúpula mencionados no Art. 5º do presente Código.

§ 2º - O funcionamento dessas Entidades estará sujeito à orientação do respectivo Órgão de Cúpula.
§ 3º - O reconhecimento do Templo de Umbanda deve atender à legislação peculiar e às normas religiosas: existência de um iniciado em 3º grau e cumprir o que determina a legislação civil.


Art. 6º
O Corpo Místico ou Mediúnico é dirigido por um irmão ou irmã que atenda o disposto no § 3º do Art. 5º deste Código. Sua denominação genérica é: Diretor de Culto.

Parágrafo Único
Todo Templo deve manter um Curso Pré-Iniciático para preparo dos integrantes do Corpo Mediúnico, sob a responsabilidade de um instrutor, ao qual é afeto o cumprimento de programas elaborados para instrução, difusão doutrinária e filosófica dos postulados da Umbanda.


Art. 7º
O Templo, organizado em sociedade legalmente registrada, contará com uma Diretoria Administrativa, nos termos do documento que trata da organização e reconhecimento civil.
Parágrafo Único
O Diretor de Culto, sendo necessário, poderá acumular um cargo administrativo.


Art. 8º
A Administração dividi-se:
• Religiosa, exercida pelo Diretor de Culto e seus Auxiliares;
• Social, exercida pelo presidente e demais membros da Diretoria, todos com atribuições definidas em seus Estatutos.

Art. 9º
As Finanças - A arrecadação deve ser o resultado de contribuições, donativos, subvenções e outras taxas previstas no Estatuto ou em decisão regulamentar, devidamente escriturada em livro próprio; de sua aplicação deve ser dada ciência aos membros da Instituição.


Parágrafo Único
Compreende-se o disposto neste artigo para formas de arrecadação e reconhecimento legais, não incluídas "consultas" pagas ou remuneração por "trabalhos".
Art. 10°
A Hierarquia - Estabelece este Código, por reconhecer uma necessidade a funcionalidade da própria Religião no campo físico, a Hierarquia a ser observada por seus membros, independente de cargo ou função, segundo suas atribuições.

I - Dentro de um princípio religioso, a mais alta autoridade é o Diretor de Culto;
II - O Instrutor tem sua autoridade restrita aos Cursos, na conformidade com o que determinar o Estatuto, ou decisão do Diretor de Culto;
III - Na parte administrativa e social, o mais alto cargo é o de Presidente.


Art. 11°
Os Cursos - Com a finalidade de atender o que dispõe este Código, devem os Templos manter um Curso Pré-Iniciático para preparo dos integrantes da Corrente Mediúnica.

a) O programa deve ser elaborado na conformidade dos fundamentos e crenças da Umbanda, cabendo ao Instrutor a orientação do Curso, com a aprovação da Diretoria de Culto;
b) A iniciação em 1º e 2º Graus, feita no Templo, será aprovada pelo respectivo Órgão Federativo, ao qual compete o fornecimento do Certificado de Iniciação e/ou Conclusão de Obrigações Litúrgicas.


Título III • Os Ritos
Art. 12°
Os Ritos formam o conjunto de cerimônias que constituem a base da Religião de Umbanda, conforme prevê o Art. 1º deste Código, e que devem ser observadas nas diferentes sessões.


§ 1º - Esotéricos, sejam internos ou externos, quando só participam iniciantes ou iniciados: obrigações em praias, cachoeiras, matas e etc.
§ 2º - Exotéricos, sejam internos ou externos, que se cumprem em sessões de caridade e dos mesmos participam, além do Corpo Mediúnico e dos membros da  Administração, o público (incluem-se as sessões de passes e conselhos - orientação espiritual).

Art. 13°
As sessões - A ritualística da Religião de Umbanda se desenvolve em Sessões (Trabalhos da Corrente Mediúnica), sempre sob a orientação do Diretor de Culto ou de seu Auxiliar direto, ou por ele indicado.
a) Sessões de Estudos, destinadas a complementar o Curso Pré-Iniciático, com a participação de Iniciantes e Iniciados;
b) Sessões de Caridade, sessões públicas das quais participam, a além do Corpo Mediúnico, os assistentes.

Parágrafo Único
Em casos especiais, o Diretor de Culto pode permitir a presença de assistentes nas Sessões de Estudos.


Art. 14°
As Sessões Solenes - Destinadas à realização de atos comemorativos ou festivos, podendo ser: religiosas, sociais ou mistas.
a) Religiosas, quando assinalam datas alusivas aos Orixás ou Guias Espirituais da Instituição ou da Umbanda;
b) Sociais, quando assinalam datas comemorativas, como fundação da Instituição ou celebrações cívicas;
c) Mistas quando envolvem assunto religioso e social, como: casamento, batizado, ofício fúnebre etc.
Título IV • A Liturgia
Art. 15°
Práticas observadas em cerimônias religiosas no decorrer de Sessões, segundo sua própria natureza, seja esotérica ou exotérica, complementam a ritualística da Religião de Umbanda.

a) Em cerimônia esotérica são utilizados todos os materiais necessários ao desenvolvimento dos trabalhos, inclusive em sessões externas, realizados em matas, cachoeiras, praias etc.;
b) Em cerimônia exotérica são admitidos apenas os materiais indispensáveis à realização dos trabalhos de atendimento público, de acordo com a orientação do Diretor de Culto.

Art. 16°
Abertura dos Trabalhos - Sempre no horário previsto e sob a direção do Diretor de Culto, observando a seguinte ritualística:

a) Formação da Corrente de Iniciados e Iniciandos;
b) Defumação e começar do Pegi ou Altar, seguindo o Salão, a Corrente e os recintos destinados ao público;
c) Cruzamento do Terreiro;
d) Cânticos de saudação aos Orixás, ao Patrono do Templo e só então é invocada a Entidade responsável e, a seguir, os demais Guias.


Art. 17°
Encerramento dos Trabalhos - Para sessão de qualquer natureza:
a) Cânticos de desincorporação, na ordem inversa da incorporação;
b) Saudação ao Pegi ou Altar e ao Diretor de Culto e, em seguida retirada dos membros da Corrente Mediúnica;
c) A prece de pedido de ajuda espiritual, feita no início - Rogatória é repetida no encerramento, como agradecimento pela ajuda recebida.

Art. 18°
Iniciação - Após o período previsto em Curso Pré-iniciático, o Iniciando deve ser submetido à cerimônia de Iniciação de 1º Grau, com a presença dos irmãos iniciados, pois se trata de sessão esotérica; o mesmo ocorre na Iniciação para os Trabalhos, ou seja, 2º grau.
Art. 19°
Sagração - cerimônia esotérica correspondente ao 3º grau, para confirmação de Diretores de Culto ou membros do Conselho de Culto, inclusive o Instrutor.

Art. 20°
Batismo - Adota-se o Batismo como princípio de proteção à aura espiritual da criança. Cabe ao Diretor de Culto, em entendimento com os pais da criança, marcar a data.

Art. 21°
O Casamento - solicitado pelos noivos, quando maiores, ou pelos pais ou responsáveis, deve ser instruído com documento de habilitação ou a própria certidão de casamento civil. A data da cerimônia, marcada pelo Diretor de Culto, ouvidos os noivos, deve ser anunciada em Edital afixado na secretaria do Templo (quadro de avisos).

Art. 22°
Do Batismo e do Casamento será fornecida Certidão em modelo aprovado e fornecido pelo Órgão de Cúpula representante do Templo.
Art. 23°
O casamento religioso, com efeitos cíveis, obedece o disposto na Legislação civil que trata da matéria e deve ser feito sob a orientação do respectivo Órgão de Cúpula.

Art. 24°
Em qualquer tempo, o casal poderá requerer a consagração religiosa de sua união, bastando para isso apresentar a certidão do casamento civil.
Art. 25°
Ofício Fúnebre - A cerimônia obedece ao ritual de abertura dos trabalhos, tendo antes da Prece, a Cerimônia da Vela, na qual os membros da família, os amigos do desencarnado e os médiuns da Corrente levam velas acesas ao Assentamento das almas.

Título V • Acessórios e Instrumentos Litúrgicos

Art. 26°
Os Cânticos - Pontos Cantados - podem ser:
a) Com acompanhamento instrumental;
b) Com acompanhamento de palmas;
c) Com acompanhamento de atabaques ou tambores.


§ 1º - Em qualquer dos casos acima, deve-se observar o que dispõe a Lei do Silêncio e o respectivo Órgão de Cúpula.
§ 2º - Os instrumentos litúrgicos só podem ser tocados por pessoa devidamente preparada.

Art. 27°
Defumadores - Usados na abertura das sessões e também em trabalhos de limpeza psíquica.

Art. 28°
Pombas - Branca, preferivelmente, ou de cor. São usadas nos cruzamentos individuais, de iniciação ou no cruzamento do Templo e na fixação dos símbolos de identificação dos Guias. As pombas são objetos sagrados, que só podem ser manipulados pelos guias, pelo Diretor de Culto ou por membros da Corrente devidamente autorizados.
Art. 29°
Água - Da cachoeira, dos rios, das lagoas ou do mar, tem larga aplicação nos rituais e cerimônias litúrgicas, como: batismo, casamento, cruzamento, limpeza psíquica etc.

Art. 30°
Velas - Brancas ou de cor, usam-se na abertura dos trabalhos, no decorrer das sessões, em cerimônias litúrgicas, principalmente as velas brancas. As de cor são usadas segundo a orientação dos Guias ou do Diretor de Culto.
Art. 31°
Banhos - Preparados com ervas indicadas pelos Guias Espirituais ou pelo Diretor de Culto. São usados na limpeza psíquica, nos trabalhos de iniciação e nas obrigações.

Art. 32°
Bebidas - São usadas em oferendas ou em determinadas cerimônias litúrgicas, sendo manipuladas apenas pelos Guias ou pelo Diretor de Culto.
Art. 33°
Paramentos - O vestuário da Umbanda é branco, sendo admitido, em casos especiais, em sessões, sobretudo, festivas, em alguns Templos, os tons, principalmente, verde, azul, amarelo e vermelho. As guias ou colares ritualísticos (adereços), preparados sob a orientação do Diretor de Culto servem como símbolo de segurança pessoal e indicam o grau de iniciação e a função no culto, como também a toalha (ojá).

Título VI • Calendário

Art. 34°
O calendário de celebrações será preparado pelo Templo dando-se ciência ao respectivo Órgão Federativo.

Parágrafo Único
As comemorações locais, quando permanentes, devem ser comunicadas ao respectivo Órgão Federativo.
Art. 35°
Dias e Horários - Os dias de sessões devem ser fixos, para melhor orientação do público. Os horários variam de acordo com as necessidades locais e a conveniência do Corpo Mediúnico e do público, devendo-se reservar um horário diurno ou uma sessão aos domingos para atendimento de crianças.

Parágrafo Único
As sessões noturnas devem obedecer a orientação do órgão de Cúpula e aos parâmetros estabelecidos pela Lei do Silêncio.

Título VII • Disposições Gerais

Art. 36°
Os símbolos - Caracterizam a Instituição e devem ser registrados no respectivo Órgão Federativo.
Parágrafo Único - O ponto Riscado é um símbolo de identificação.

Art. 37°
As obras de cunho doutrinário devem ser comunicadas ao respectivo Órgão Federativo.

Art. 38°
Os membros da Corrente Mediúnica devem receber uma carteira de identificação fornecida pela Federação Brasileira de Umbanda.

Art. 39°
Menores, mesmo civilmente incapazes, poderão participar da Corrente Mediúnica acompanhados dos pais ou responsáveis, ou com autorização escrita dos mesmos.

Art. 40°
As dúvidas e/ou controvérsias que possam surgir eventualmente no cumprimento deste código serão resolvidas pelo respectivo Órgão Federativo.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Salve a Rainha do Mar...

Odoyá, Odô Fiaba Iemanjá! Odociaba!


Em 02 de fevereiro comemora-se o Dia Nacional de Iemanjá. A imagem de Iemanjá (Yemanjá) foi construída há mais de 30 anos na Praia Grande, com 8 metros de altura, junto a dois espelhos de água. O espaço é rodeado por dezesseis coqueiros que representam os Orixás.
Iemanjá é a Senhora das Águas, a Rainha dos Mares, aquela que cuida de todos os seus filhos por igual... O seu sincretismo com algumas qualidades de Nossa Senhora, se deve ao fato de que ela é considerada a "Mãe do Mundo" ou "Mãe dos Orixás", assim como Maria é a Mãe de Todos.
A Festa Católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa.. Enquanto os Templos de Umbanda e Terreiros de Candomblé, fazem divisões na praia, delimitando o espaço com cordas, fitas e flores nas praias, para a realizarão de seus trabalhos.
Iemanjá já realizou diversos milagres e, por isso, a sua devoção aumenta continuamente... Ela é venerada tanto por Brasileiros, quanto por Estrangeiros. Podemos comprovar essa devoção em inúmeras imagens espalhadas pelo mundo afora.