sexta-feira, 25 de abril de 2014

A história do Padre Gabriel Malagrida.

Quem é Umbandista de verdade sabe que Gabriel Malagrida representa uma das encarnações do Caboclo Sete Encruzilhadas. Gabriel nasceu em Menaggio no dia 5 de dezembro de 1689 e faleceu em Lisboa no dia 21 de setembro de 1761. Ele foi condenado como herege no Processo de Távora. Permaneceu encarcerado após o julgamento, mas depois foi estrangulado e queimado.
Filho de um médico (Giácomo Malagrida), aos 12 anos entrou para o seminário na cidade de "Como", na Itália. Após concluir os primeiros estudos, foi encaminhado a Milão para prosseguir com sua preparação religiosa. Em 23 de outubro de 1711 ingressou na "Companhia de Jesus", em Génova. Após sua primeira formação, trabalhou como professor na ilha de Córsega. Mas, prosseguiu seus estudos e, como teólogo formado, ingressou na Ordem dos Jesuítas, onde foi enviado às Índias.
Em 1721, Gabriel Malagrida embarcou para o Brasil, onde ordenou-se como padre. Durante o ano de 1723 ele se aproximou das tribos que habitavam a Capitania do Maranhão. Gabriel viveu entre os índios dessa região até o ano de 1727, onde enfrentou epidemias e diversas revoltas. De 1729 à 1734 lecionou no Colégio de São Luís. A partir de 1735, viajou para a Capitania da Bahia, passando por Piauí e realizando diversas paradas para o reconhecimento dos povoados.
No ano de 1738 chegou a Salvador e ali trabalhou como clérigo por três anos. Em seguida, de 1741 a 1745, viajou e atuou entre os Sertões da Capitania de Pernambuco e, também, nos povoados do Vale do Paraíba. Em 1746 Malagrida retornou ao Maranhão, onde permaneceu por dois anos e meio. Em 1749 viajou para o Pará, onde deu continuidade a sua missão de pregador popular.
NOTA: Até hoje existe uma capela no Colégio Santa Teresa, em São Luís do Maranhão, fundada por Gabriel Malagrida, durante a época em que atuou como padre. Nesse local existem objetos pessoais do jesuíta, como um banco usado para pernoite e uma santa de sua devoção. Mediante a permissão das irmãs é possível visitar o local.
Depois de todas essas viagens, Gabriel decidiu voltar à Portugal para pedir a aprovação do Rei e conseguir recursos para legalizar suas obras. Em 1750 chegou em Lisboa, onde presenciou os últimos momentos de vida de D. João V. Ele permaneceu por mais um ano na capital de Portugal. Depois retornou ao Maranhão, no Brasil, onde se manteve até 1754. Porém, retornou definitivamente a Portugal, a pedido de Dona Mariana da Áustria, viúva de D. João V.
A sua presença na Corte não agradou o futuro Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Mello). Ele era Primeiro Ministro de Portugal na época e irmão de Francisco Xavier de Mendonça Furtado - governador das Capitanias do Pará e do Maranhão. Este não concordava com as atividades dos Jesuítas no Brasil e fazia de tudo para impedir o progresso das missões, por serem elas "abolicionistas".
Durante o Sismo de Lisboa em 1755, Malagrida e outros jesuítas, aproveitaram a oportunidade para exortar todos os Lisbonenses à reforma dos seus costumes. O processo de discussão entre os nobres e os jesuítas gerou diversos documentos e inúmeras contendas. Os Jesuítas foram acusados de Motim e as missões no Brasil foram extintas. Muitos envolvidos foram presos...
Mais tarde, Malagrida passou a defender obstinadamente as suas crenças... Por causa de sua idade avançada (72 anos) e das privações que enfrentou nos calabouços, ele tornou-se aparentemente "demente". Continuamente ouvia "vozes de anjos que falavam dentro de sua cabeça". Por conselho de um carcereiro, publicou diversos textos enquanto esteve na prisão; dentre eles: "O Anti-Cristo" e "A Vida Heróica e Maravilhosa da Gloriosa Santa Ana, mãe da Virgem Maria".
Por conta desses documentos foi facilmente denunciado à Inquisição, como falso profeta, impostor e herege. Foi entregue ao tribunal do Santo Ofício de Lisboa, onde foi acusado e condenado. Malagrida foi executado no dia 21 de setembro de 1761, em Rocio, na praça principal de Lisboa. Na Igreja Paroquial de Menaggio, existe um monumento em honra ao Padre Jesuíta Gabriel Malagrida, erigido em 1887.
Ele é citado em várias obras de escritores europeus, inclusive de Voltaire e de Stendhal. No Brasil, Renato Barbieri filmou o documentário "Malagrida" no ano de 2000 e ganhou três prêmios: do Ministério da Cultura, do OCIC para a América Latina e do Caribe Award. Em 2005, o escritor português Pedro Almeida Vieira publicou o romance "O Profeta do Castigo Divino", que tem como personagem principal o Padre Gabriel Malagrida.
Em 2011 foi criada a Comenda da Ordem de Mérito "Gabriel Malagrida", pelo Governador do Estado da Paraíba - Diário Oficial do Estado, nº 14.729, de 31 de agosto de 2011. Essa comenda é concedida às autoridades civis e militares que tenham prestado notáveis serviços à Casa Militar do Governador daquele Estado.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Salve São Jorge Guerreiro! Nosso Santo Protetor...


São Jorge Guerreiro comanda a Linha de Ogun na Umbanda Sagrada. O sincretismo entre Ogun e São Jorge foi estabelecido pela devoção ao Santo Guerreiro.
Seus Falangeiros são reconhecidos como Soldados de Ogun e recebem um nome complementar... Como, por exemplo: Ogun Yara, Ogun Matinata, Ogun Megê, Ogun Beira-Mar, Ogun Sete Lanças, Ogun Sete Espadas, entre outros.
Os Cavaleiros e Guerreiros de Ogun trabalham para proteger todas as Repartições Públicas e seus trabalhadores. Por isso, eles atuam em Guerras, Batalhas, Lutas, etc.
A Guia de Proteção é confeccionada com contas nas cores: vermelha e branca. O vermelho representa a Vida e o branco representa a Paz. A saudação é: Ogunhê!


Em 23 de abril celebramos a morte e canonização de São Jorge, o Soldado de Cristo. Ele viveu entre os anos de 275 a 303; morrendo, portanto, com 28 anos. Jorge era filho de pais cristãos e aprendeu desde a sua infância a temer a Deus. Desde cedo considerava Cristão e conhecia a história de Jesus como ninguém. É do conhecimento de todos que ele nasceu na região da Capadócia - atualmente pertencente à Turquia. Após a morte do pai, Jorge e a mãe mudaram-se para a Palestina, onde ingressou nas fileiras do Exército Romano. Após servir com grande dedicação o Imperador, foi promovido a Capitão da Guarda Imperial. Suas qualidades de Legionário fizeram com que o Imperador lhe conferisse o título de Conde.

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Com a idade de 23 anos, Jorge passou a residir na Corte Imperial de Roma, onde exercia altas funções. Mas, foi nessa época, que o imperador Diocleciano resolveu exterminar todos os Cristãos. Essa decisão devia-se ao fato de que a maioria dos Cristãos estavam provocando desordem na Corte Imperial e entre os cidadãos romanos. Quando o Senado decidiu assinar o Decreto Imperial, o Capitão Jorge se manifestou contrário às decisões do Imperador. Isso causou grande surpresa entre os presentes, pois até então, Jorge era considerado uma pessoa discreta e recolhida em seus anseios. Devemos analisar que ele estava com 28 anos nessa época. Jorge debateu com o Juiz sobre suas convicções e foi considerado um traidor, pois um nobre soldado jamais deveria comportar-se dessa maneira. Assim, ele foi julgado e passou a ser torturado para que modificasse seu testemunho.

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O Imperador tentou dissuadí-lo de suas crenças torturando-o de diversas formas; mas, após cada tortura, Jorge parecia mais decidido e firme em seus propósitos. Jorge era considerado um dos melhores militares que Roma já teve e a Corte não queria perder seu soldado. Por isso o torturavam, para que desistisse de suas convicções e voltasse a atuar como um "bom e fiel legionário". Treinar alguém para torná-lo tão bom quanto Jorge, levaria muito tempo... Então, era melhor resgatar o homem que ainda existia. Mas, como Jorge não cedia às torturas, Diocleciano finalmente decidiu executá-lo. Jorge foi degolado no dia 23 de abril do ano de 303. Sua sepultura está na cidade de Lídia, próximo à Jerusalém, na Palestina.

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A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular e seu culto se espalhou pelo Oriente. Por ocasião das Cruzadas, ele passou a ser aclamado como escudo e proteção por diversos soldados. Por ser considerado um verdadeiro Guerreiro da Fé, logo tornou-se conhecido em toda a Europa.
Sua batalha contra "satanás" na forma de um dragão, se deve ao fato dele ter enfrentado toda a Corte Romana e seus dirigentes. O cavalo branco era uma honra concedida somente aos mais elevados cargos da Guarda. A princesa era uma analogia a todas as mulheres martirizadas em nome da fé e também uma referência à castidade do santo. Por defender com seu sangue e honra a Igreja de Cristo, em suas imagens é possível ver uma igrejinha ao fundo.

São Jorge Guerreiro44 Best الشهيد مارجرجس images | Saint george, St. george, Saint ...Jorge da Capadócia – Wikipédia, a enciclopédia livre

O próprio São Jorge recebeu uma Igreja em sua homenagem na Capadócia. Existem inúmeras lendas com relação à construção dessa Igreja... Mas, uma delas relata que um jovem soldado estava perdido, com fome, sede e frio e escondeu-se na caverna para fugir do extermínio a que estava predestinado. Durante seu sono ele viu a figura de um jovem guerreiro montado em um cavalo branco, que lhe dizia para manter sua fé, pois em breve estaria salvo. O soldado sobreviveu e foi salvo por seu exército. Mais tarde conheceu a história do soldado da Capadócia que morreu em nome de Cristo. Então, em agradecimento, transformou a caverna onde esteve escondido, em uma pequena Igreja.

A prince and a dragon, illustration by Walter Crane for the book ...Curiously, Not a Piece of Furniture | Pinturas raphael, Produção ...

Datas Marcantes:
- Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história. Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI.
- Durante o século XII, São Jorge era representado como soldado das Cruzadas: usando a Cruz Vermelha no manto e na armadura, montado no cavalo branco, com uma lança em punho e vencendo um dragão. Essa iconografia foi utilizada para dar ânimo aos cruzados da época. Assim, "São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão".
- Foram dedicadas numerosas Igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria. A devoção a São Jorge chegou à Sicília, na Itália, no século VI. No séc. VII o Papa siciliano Leão II construiu em Roma uma Igreja para São Sebastião e outra para São Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa Igreja a cabeça (degolada) de São Jorge.
- A devoção a São Jorge chegou na Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou em Lídia, antes de atacar Jerusalém. Nessa época, a Inglaterra foi o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge...
- Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que consagrou São Jorge como padroeiro da Inglaterra.
- Em 1420, o Rei da Hungria, Frederico III evocou-o na luta contra os turcos. E apesar de São Jorge pertencer a região da Capadócia, seu auxílio foi presente...
- As Cruzadas Medievais fizeram de São Jorge um santo popular no Ocidente. Ele se tornou conhecido e venerado como Guerreiro e Padroeiro dos Cavaleiros da Cruz e das Ordens de Cavalaria.

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Oração a São Jorge I
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo. São Jorge Rogai por Nós.


Oração a São Jorge II
São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos, ajuda-me a conseguir um bom emprego; faze com que eu seja bem quisto por todos superiores, colegas, e subordinados; que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes no meu coração, no meu lar e no meu serviço; meus inimigos terão os olhos e não me verão, terão boca e não me falarão, terão pés e não me alcançarão, terão mãos e não e não me ofenderão. São Jorge vela por mim e pelos meus, protegendo-me com suas armas. O meu corpo não será preso nem ferido, nem meu sangue derramado; andarei tão livre como andou Jesus Cristo nove meses no ventre da Virgem Maria. Amém.

Oração a São Jorge III
Óh Deus Onipotente,
Que nos protegeis
Pelos méritos e as bênçãos
De São Jorge.
Fazei que este grande mártir,
Com sua couraça,
Sua espada,
E seu escudo,
Que representam a fé,
A esperança,
E a inteligência,
Ilumine os nossos caminhos...
Fortaleça o nosso ânimo...
Nas lutas da vida.
Dê firmeza
À nossa vontade,
Contra as tramas do maligno,
Para que,
Vencendo na terra,
Como São Jorge venceu,
Possamos triunfar no céu
Convosco,
E participar
Das eternas alegrias.
Amém!

10 Melhores Ideias de estampas de carnaval | Estampas, Orixas, Ogum

sábado, 19 de abril de 2014

A Umbanda Sagrada e o "Dia do Índio".

Segundo o dicionário da Língua Portuguesa: índio é todo nativo nascido na terra. Portanto, nós também somos índios. Na verdade, somos uma "Terra de Índios", pois nosso país guarda inúmeras lendas que contam o surgimento de muitas cidades e povoados. Muitas dessas lendas relatam os costumes indígenas das diversas raças que habitaram nosso solo.
O Dia do Índio foi criado pelo presidente Getúlio Vargas em 1943 (através do Decreto-Lei número 5540). Em 1940, diversas lideranças indígenas de todo o Continente participaram do I Congresso Indigenista Interamericano (no México). Durante a realização do evento  foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, que zela pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente à criação do Instituto mas, após a intervenção do Marechal Cândido Rondon, apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio na data de 19 de abril.
Quando a Umbanda foi fundada, a primeira Entidade a se apresentar foi um índio com o nome de "Caboclo das Sete Encruzilhadas". Enquanto ele contava sua história, traços de uma vida eclesiástica foram notados. Com isso, ele comprovou que a reencarnação existe e que não importa o que fomos em uma vida ou o que seremos em outra; mas, o que realmente aprendemos em cada existência. E é isso o que os Caboclos e todas as Entidades da Umbanda nos ensinam: a evolução.
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Na Umbanda Sagrada, a presença indígena é constante, pois representa toda a Linhagem principal que comanda os trabalhos de caridade. O "Dia do Índio" nos lembra que somos descendentes da Terra e que dela precisamos para sobreviver! Sem a presença do Índio Brasileiro ou de outras Nações, a Umbanda deixa de existir e também deixa de cumprir o seu verdadeiro propósito.
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Santo Expedito

O Santo das Causas Urgentes!


Santo Expedito é sincretizado com o Orixá Logun Edé. Mas, na Umbanda Sagrada, ele está vinculado à representação de Ogun Rompe Mato, na Linha de Ogun.
Essa representação, se deve ao fato de que o Orixá Logun Edé, não é cultuado na Umbanda em nenhuma Linha. A similaridade com Ogun Rompe Mato surgiu nas primeiras Casas de Culto de Umbanda. Atualmente, no entanto, permaneceu apenas o sincretismo com Logun Edé.
Contudo, existem diversos Falangeiros que carregam no nome a representação do Santo. Como por exemplo: Baiano Expedito, Pai José Expedito, Cigano Expedito, Marinheiro Expedito, Cosminho Expeditinho, Cangaceiro Expedito, Malandro Zé Expedito, Vovó Expedita, etc.


Santo Expedito era militar e foi martirizado na Armênia, em Mitilene, mesmo local de seu nascimento. Ele foi decapitado no dia 19 de abril de 303, sob a ordem do Imperador Diocleciano. Por isso, dia 19 de abril é dia de Santo Expedito.
Dizem que Expedito levava uma vida mundana e desregrada antes de sua conversão; mas, depois, tornou-se "Expedito" - pois é considerado aquele que age prontamente, que é diligente, desembaraçado e ativo.
Conta a história que o espírito do mal apareceu para ele na forma de um corvo e cantou: "Cras, Cras, Cras", palavra latina que significa "amanhã"... Para Expedito, era como se o corvo quisesse lhe dizer: "Deixe para amanhã! Não tenha pressa!" Santo Expedito, então, pisou o corvo e gritou: "Hodie, Hodie.", que quer dizer "Hoje, hoje". Por isso, Santo Expedito é invocado nos casos que exigem uma solução imediata e nos negócios urgentes.

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Como realizar a novena de Santo Expedito...

Deve-se acender uma vela e rezar o Creio em Deus, depois a Oração para Santo Expedito, pedindo a graça desejada. Depois deve-se realizar a Oração do Pai Nosso, uma Ave Maria e finalizar com o Glória ao Pai. Fazer isso por nove dias seguidos, sempre no mesmo horário.

"Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes, socorrei-me nesta hora de aflição e desespero, intercedei por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Vós que sois um santo guerreiro. Vós que sois o santo dos aflitos. Vós que sois o santo dos desesperados, vós que sois o Santo das causas urgentes. Protegei-me, ajudai-me, dai-me força, coragem e serenidade. Atendei ao meu pedido (faça aqui o seu pedido). Ajudai-me a superar estas horas difíceis, protegei-me de todos que possam me prejudicar, protegei a minha família, atendei ao meu pedido com urgência. Devolvei-me a paz e a tranquilidade. Serei grato pelo resto de minha vida e levarei seu nome a todos que têm fé. Santo Expedito, rogai por nós que recorremos a Vós. Amém!"

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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sexta-feira da Paixão.

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Na última sexta-feira que antecede a Páscoa ou "Passagem", temos a Sexta-feira Santa. Na Sexta-feira da Semana Santa, temos a "Paixão de Cristo", que representa a entrega de Jesus ao Calvário. A Sexta-feira Santa é um feriado móvel, que serve como referência para outras datas. Para calculá-lo analisa-se a primeira Sexta-feira após a primeira Lua Cheia, depois do Equinócio de Outono no Hemisfério Sul e Equinócio de Primavera no Hemisfério Norte. Essa data é móvel porque pode ocorrer entre 20 de março e 23 de abril.
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Segundo a Tradição Cristã, a Ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de "Nissan", no Calendário Hebraico. Nissan é nome do mês hebraico que representa os "primeiros frutos", pois inicia na Primeira Lua Nova da época da colheita da cevada em Israel. Assim, realizando a contagem a partir do domingo e, sabendo-se que nos costumes Judaico e Romano contava-se o primeiro e o último dia, a Igreja chega à "Sexta-feira" como o dia da Morte de Cristo.
O nome Nissan é considerado de origem babilônica e na Torá o nome do mês é Abib... No mês do Nissan, os Judeus comemoram o Pessach (14 de Nissan), o Chag Hamatzot (15-22 de Nissan) e o Yom Ha Shoah (27 de Nissan). O livro do Êxodo da Bíblia ensina que o mês de Abib é marcado pela libertação de Israel do regime escravo no Egito. Nesse mês também se comemora a Páscoa Judaica.
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A crucificação de Jesus ocorreu pelas mãos do Juiz Pôncio Pilatos e do Imperador de Roma: Tibério Cláudio Nero César. O crime que condenou Jesus à morte foi escrito em uma placa afixada sobre sua cabeça no alto da Cruz (INRI).
A palavra INRI significa: Iesus Nazarenus Rex Ioderum, ou "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus". Ou seja, por Ele ser considerado um Rei pelo Povo, cometeu o crime de insurgência. Por sua condenação, Jesus carregou a cruz até o lugar da execução, e este trajeto público é chamado de "Via Crucis".
Jesus Cristo foi pregado na cruz mas, por vezes, o condenado era apenas atado a esse instrumento... A crucificação era considerado um método de suplício muito doloroso, pois o tempo de agonia do criminoso era intensamente prolongado.
Além da Crucificação, existiam outros métodos de condenação entre os Judeus... Algumas vezes, o corpo dos criminosos era pendurado numa árvore de cabeça para baixo; como foi o caso do Apóstolo Pedro.
Na oração do Terço (dentro do Rosário), o mistério de Jesus carregando a cruz representa o "Quarto Mistério Doloroso". Esse é o mistério que nos faz refletir sobre as cruzes nossas de cada dia. Ao carregar a Cruz pelo Calvário, Jesus nos ensina a aceitarmos e carregarmos nossas próprias cruzes. Durante a Crucificação, Maria foi apresentada como a Mãe de Todos Nós (Nossa Senhora) por Jesus... Essa referência, indica que ela assumiu o papel de Mediadora entre Jesus e a Humanidade. Por isso, além de Mãe, ela é Mediadora!
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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Nossa Mãe Maria na Umbanda Sagrada...

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"Maria" na Umbanda: entre Santos e Orixás.

Introdução
Maria, mãe de Jesus, vai muito além do Catolicismo e do Cristianismo, vemos sua presença em grandes religiões como o Islã, onde ela assume o papel de mãe do profeta Jesus, no entanto é possível encontrar Maria nos cultos ou religiões sincréticas das Américas. O colonizador europeu trouxe o africano como escravo e ambos se instalaram nesta terra do índio. Logo as culturas do branco, do negro e do vermelho se encontraram de forma particularizada em diferentes regiões deste continente. E assim chegou Maria ao Brasil, onde foi acolhida também pela religiosidade popular, associada e comparada com divindades e entidades do mundo mítico afro-indígena. Neste contexto está, também, a Umbanda, nascida da miscigenação tão brasileira, no seu jeito de ser, fruto de mitos, ritos e símbolos os mais variados.

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Objetivo
O objetivo deste estudo é ressaltar alguns pontos da presença de Maria na Umbanda. Verificamos um sincretismo dinâmico. “Maria Virgem” se identifica com Oxum e “Maria Mãe” se identifica com Iemanjá, em que a relação santo/orixá varia segundo diferentes pontos de vista. Para além de um altar essencialmente católico, podemos observar Maria em outros aspectos da liturgia, como a Festa de Iemanjá e a identificação dos templos com nomes de santos.
Hoje a Umbanda passa por uma mudança de paradigma, no que diz respeito a sua literatura, escrita de “umbandista para umbandista”, surge uma literatura psicografada de Umbanda e novas abordagens sobre a relação de Maria na Umbanda. Sendo uma religião muito aberta e inclusiva acolhe diferentes e novas formas de entender a presença de Maria. Vamos aqui apenas esboçar alguns aspectos, conscientes da complexidade da Umbanda e dos diferentes ângulos que as Ciências da Religião nos oferecem para aprofundar a questão.

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Maria na história da Umbanda
O primeiro templo de Umbanda de que se tem noticia traz o nome de “Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade”, quem nos conta a história de sua fundação é o Sacerdote de Umbanda, Ronaldo Linares, Presidente da Federação Umbandista do Grande ABC, criador do primeiro curso de formação de sacerdotes de Umbanda.
Dia 15 de Novembro de 1908, Zélio Fernandino de Moraes*, um jovem rapaz de 17 anos, incorporou o espírito de Frei Gabriel de Malagrida, queimado na inquisição. O espírito do Frei revelou que, em uma vida posterior, nasceu como índio no Brasil,  preferindo ser identificado, agora, como “Caboclo das Sete Encruzilhadas” e que vinha para trazer a Religião de Umbanda. Sua “igreja” se chamaria Nossa Senhora da Piedade, pois assim como Maria acolheu a Jesus, a Umbanda acolheria os filhos seus.
Zélio vinha de uma família de origem católica e no seio deste lar tiveram início as sessões mediúnicas de Umbanda, onde já havia um pequeno altar católico. Com o tempo, o espírito de um “preto velho”, escravo de origem africana, “Pai Antônio”, traria o conhecimento dos orixás africanos associados aos santos católicos. Nascia o sincretismo de Umbanda, Maria já estava presente e enraizada nos valores religiosos e espirituais dessa família. No decorrer dos tempos surgiriam milhares e milhares de Templos de Umbanda, identificados como “tendas”, “centros”, “casa” ou “terreiros” de Umbanda, nos quais a exemplo da primeira “Tenda de Umbanda”, estariam presentes as “Marias”, identificando estes templos como: “Tenda Nossa Senhora da Conceição”, “Tenda Nossa Senhora da Guia”, “Nossa Senhora de Sant’Ana”, “Nossa Senhora dos Navegantes” e outras como “Estrela D’alva”, “Tenda Nossa Senhora Aparecida”, “Casa de Maria” etc.

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Maria no altar de Umbanda
Oxum representa o amor, a pureza, a beleza, inocência e concepção, enquanto Iemanjá representa a mãe universal, mãe dos orixás, aquela que mantém e gera a vida. Ambas se manifestam na água, Oxum nas cachoeiras e Iemanjá no mar.
O sincretismo de Maria com os Orixás se faz notar principalmente no altar de Umbanda, que é um altar composto por imagens católicas. Encontraremos a imagem de Nossa Senhora da Conceição ou de Nossa Senhora Aparecida, fazendo sincretismo com Oxum. Iemanjá é o único Orixá que tem uma imagem própria, umbandista, não católica, assim mesmo encontramos sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora das Graças.


Um olhar sociológico
Cândido Procópio Ferreira de Camargo, no final da década de 50, dedicou parte de seu tempo ao estudo das “Religiões Mediúnicas” e registrou no livro “Kardecismo e Umbanda: uma interpretação sociológica”, o resultado de sua pesquisa de campo, onde descreve um Terreiro de Umbanda:
“No ‘terreiro’ propriamente dito, barracão com cerca de 50m², há um altar, semelhante aos católicos . O ‘Orixá’ guia do ‘terreiro’ assume lugar de destaque , sob a figura do Santo Católico correspondente. São Jorge, Nossa Senhora, São Cosme e São Damião são os Santos mais comuns que integram o altar, além do Cristo abençoando, de braços abertos.”
Procópio Ferreira dedica especial atenção ao sentimento de pertença daquele que busca as “religiões mediúnicas”, observando que boa parte dos freqüentadores consideram-se Católicos.
Embora já tenha decorrido meio século e a Umbanda venha mudando de perfil, na busca de identidade, ainda nos dias de hoje observamos este fato em menor grau. Para evitar preconceito da sociedade ou desinformação, alguns dos adeptos, da Umbanda, identificam-se de pertença espírita, não fazendo distinção entre sua prática e a criada por Allan Kardec.
Ao adentrar um terreiro de Umbanda pela primeira vez muitos o fazem com certo receio do desconhecido, mas se deparando com um altar católico sentem-se confortados e tranqüilos. Jesus de braços abertos e Maria a seu lado, junto com todos os outros santos, continuariam a guiar sua fé, agora ao lado da tão popular Iemanjá.
O sincretismo, neste caso, serve de amparo para que o desconhecido se apresente através de elementos já conhecidos. O Católico se sente à vontade para justificar sua pertença, assim como, fica clara a importância do altar para a recepção e a conversão do novo adepto.

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Festa de Iemanjá
Na década de 50 foi criada uma imagem brasileira para Iemanjá, de pele branca, cabelos negros, vestida de azul, pairando sobre o mar, seu vestido se funde às ondas e  derrama pérolas pelas mãos. Esta é uma imagem umbandista e embora todos aceitem Maria como Iemanjá  e Oxum, quase não se usa uma imagem católica para Iemanjá, pois ela tem o privilégio de ter imagem própria.
Na Umbanda paulista desde 1969, realiza-se anualmente a Festa de Iemanjá, na Praia Grande, onde está a tradicional imagem de Iemanjá, em Cidade Ocian.
Recentemente, o município de Mongaguá, recebeu uma grande imagem de Iemanjá doada pela FUGABC. A Rainha do Mar reina sozinha nestas duas praias do litoral sul paulista, sendo, dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, a Festa de Iemanjá. Já as comemorações de Oxum ficaram para o dia de Nossa Senhora Aparecida e todo o resto do calendário umbandista é orientado por datas católicas, correspondentes aos santos e orixás.

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Quatro olhares para o sincretismo afro-católico na Umbanda
O olhar para o sincretismo assume diferentes aspectos dentro da Umbanda, devido à liberdade de interpretações que existe dentro dela mesma. O umbandista tem diferentes formas de se relacionar com Maria, que resultam em olhares diferentes para o sincretismo. Coloco aqui quatro olhares distintos:
- O primeiro olhar é um “olhar católico”, de desinformação sobre a cultura afro. O recém convertido ou o adepto ao ser questionado por exemplo, de quem é o Orixá Oxum ou Iemanjá  responde simplesmente que é Maria Mãe de Jesus. Não há um interesse pela cultura e a presença da divindade africana.
- O segundo olhar é um “olhar afro” de desinteresse pelo Santo Católico, a presença do mesmo é apenas figurativa para representar o Orixá, divindade que não possui uma imagem feita de gesso para ir ao altar, com exceção de Iemanjá. Assim Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora das Graças está no altar apenas como uma referência simbólica para se alcançar e louvar, quem realmente está lá, Orixá Oxum.
- O terceiro olhar é um “olhar de fusão” pelo qual Maria, Oxum e Iemanjá se fundem, não há mais uma e outra, Maria é Oxum e também Iemanjá. As lendas e os mitos se confundem e se apresentam nos cantos, neles vemos “Maria a mãe dos Orixás”, “Maria filha de Nanã Buroquê, a avó dos Orixás” ou “Iemanjá mãe de todos os santos”. Inclusive o conceito de santo e orixá se confundem. O adepto se expressa dizendo “meu santo de cabeça é Oxum”, para esclarecer que este Orixá é o “dono de sua cabeça”, seu regente ou padrinho.
- Há ainda um quarto olhar, que é o “olhar de convivência”. É um olhar que reconhece a afinidade entre os Santos e Orixás, Nossa Senhora da Conceição tem sincretismo com Oxum porque ambas tem as mesmas qualidades. Santo e orixá convivem juntos em harmonia, a qualidade e presença de um não diminui o outro. Existem clareza e esclarecimento sobre a origem e cultura que envolve santo e orixá. Oxum não é Maria, mas ambas têm as mesmas qualidades e convivem juntas e em harmonia. Sozinhas elas já ajudam, juntas ajudam muito mais.

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Uma nova experiência de Maria na Umbanda
Já comentamos, linhas acima, que a religião de Umbanda vem mudando de perfil, buscando sua identidade e, porque não, até mudando alguns paradigmas. Até alguns anos a literatura chamada de “psicografada” ou “escrita mediúnica”, pela qual os espíritos dão sua mensagem escrita, eram de característica do Espiritismo “Kardecista”. Nos últimos anos vem se observando uma literatura “psicografada de Umbanda”, ou seja, livros de Umbanda escritos de forma mediúnica.
Essa mudança de paradigma deve-se a um autor umbandista, Rubens Saraceni, que já publicou mais de 50 títulos nos últimos 13 anos, o que vem incentivando outros umbandistas a realizarem a mesma experiência.
O autor psicógrafo, médium e sacerdote de Umbanda, Rubens Saraceni, criou o primeiro curso livre de “Teologia de Umbanda”, para estudar de forma teórica e teológica as questões pertinentes à Umbanda, vista de dentro. Na “Teologia de Umbanda” se reconhece que Deus é Um com muitos nomes diferentes, como Alá, Zambi, Tupã, Olorun, El, Adonai, Jah, Javé, Aton, Brahman, Ahura Mazda[8] entre outros. Da mesma forma os diversos “Tronos de Deus”, “Divindades” ou Deuses se manifestam em várias culturas, “à moda” de cada uma delas. Assim o “Trono Feminino do Amor” ou “Divindade feminina do Amor” é conhecida como Oxum, Isis, Lakshimi, Afrodite, Vênus, Hebe, Kwan Yin, Freyija, Blodeuwedd, entre outros nomes, sendo a mesma, manifesta sob diferentes formas. Maria personifica este trono na cultura católica, portanto seu sincretismo com Oxum torna-se natural, legítimo e Justificado. Maria tem as qualidades do “Trono Feminino do Amor” e do “Trono Feminino da Geração”, como Iemanjá, Tétis, Hera, Parvati, Danu, Friga e outras. Todas as divindades convivem juntas e se expressam de muitas formas, lembrando a idéia das “Máscaras de Deus”.

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Conclusão
Podemos ainda lembrar que Maria ocupa o posto que antes pertencia às “Deusas Pagãs”. O Catolicismo fez sincretismo de culturas e valores, durante sua expansão por territórios desconhecidos ao cristianismo. Podemos dizer que a Deusa também está no inconsciente coletivo que busca elementos conhecidos para concretizar-se em uma realidade palpável.
Por fim, podemos dizer que onde houver duas ou mais culturas haverá sempre o sincretismo, que marca o encontro entre elas. Maria faz parte de uma cultura que dominou todo o Ocidente e boa parte do Oriente. No mundo pós-moderno e globalizado, cada vez mais encontraremos sincretismos e associações a Maria.
Independente de como possa ser interpretada, concluímos que Maria também faz parte da Religião de Umbanda e  se manifesta de formas diferentes dentro desta mesma religião.

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Bibliografia:
BASTIDE, Roger. As Religiões Africanas no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Editora Livraria Pioneira, 1971.
CAMARGO, Candido Procópio Ferreira de. Kardecismo e Umbanda: Uma Interpretação Sociológica. São Paulo: Editora Livraria Pioneira, 1961.
CUMINO*, Alexandre. Deus, Deuses, Divindades e Anjos. São Paulo: Editora Madras, 2008.
LINARES, Ronaldo; TRINDADE, Diamantino e VENEZIANI, Wagner. Iniciação à Umbanda. São Paulo: Editora Madras, 2007.
SARACENI, Rubens. Orixás: Teogônia de Umbanda. São Paulo: Editora Madras, 2005.
SARACENI, Rubens e XAMAN, Mestre. Os Decanos: Os Fundadores, Mestres e Pioneiros da Umbanda. São Paulo: Editora Madras, 2003.
SARACENI, Rubens. Doutrina e Teologia de Umbanda. São Paulo: Editora Madras, 2008

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